Comparada ao desafio de cruzar o Atlântico, a Regata do Porto, que rolou de Itajaí a Piçarras, foi fichinha pra 12 barcos da Transat Jacques Vabre. O tiro de largada pra prova local foi dado às 14h de sábado e teve cinco pernas curtinhas. Participaram barcos das categorias Multi70, Multi50 e Imoca, num desafio de uma hora e meia. Pra envolver o público, cada barco pôde levar, além da equipe oficial, outros três acompanhantes. Os skippers colocaram os visitantes pra trabalhar e pra sentir na pele a adrenalina de velejar.
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De acordo com o regulamento, só puderam participar da competição os barcos que chegaram a Itajaí até quinta-feira. Por isso, nenhum barco da categoria Class40 teve representante. Da classe Mod70 ...
De acordo com o regulamento, só puderam participar da competição os barcos que chegaram a Itajaí até quinta-feira. Por isso, nenhum barco da categoria Class40 teve representante. Da classe Mod70, o primeiro lugar ficou com Oman Air Musandam, num trajeto de 55 quilômetros até Piçarras. Já para as classes Multi50 e Imoca, o percurso foi reduzido por conta dos ventos fortes e da chuva ininterrupta no litoral norte. Eles nem chegaram a sair da costa de Itajaí. Os vencedores das categorias foram Actual, na Multi 50, e Cheminées Poujoulat, na Imoca.
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Assim que abriram os portões da Vila da Regata, ao meio-dia de sábado, as embarcações começaram a sair do píer peixeiro pra se posicionarem na linha de largada em frente ao canal. O povão pôde acompanhar a prova direto dos molhes. Ao todo, participaram 12 dos 13 inscritos pra prova, já que um barco abandonou a disputa por problemas técnicos. No meio do percurso, os veleiros do Mod70 precisaram cumprir cinco pernas, ou seja, contornar cinco boias obrigatórias. A largada foi dada às 14h e o veleiro Edmond de Rothschild queimou a largada, mas concluiu a prova mesmo desclassificado.
Pra Demian Foxall, skipper do Oman Air, correr uma prova perto do público é muito importante para a vela, pois todos podem assistir o desafio. Ele já participou de várias regatas inport race, inclusive na Volvo Ocean Race, e garante que sempre é muito emocionante. A regata é diferente da clássica Transat Jacques Vabre, que sai da França e vai para o Brasil. Aqui podemos levar convidados a bordo e nos divertir mais, comentou Foxall.
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O trimarã árabe precisou de quase 1h30 pra concluir. Com convidados a bordo, a tripulação pegou rajadas de até 46 km/h e voaram pelo mar da Santa & Bela. As outras classes também contaram com VIPs nas embarcações. Nós precisamos de regatas como essa para impulsionar a vela. Certamente as próximas edições terão a mesma prova. O percurso próximo à costa atrai o público, que poderia ter sido até maior se não fosse a chuva, disse Christophe Gaumont, presidente do comitê de corrida da Jacques Vabre.
Pro diretor náutico da parada de Itajaí, Alexandre Santos, essa foi uma oportunidade pra divulgar ainda mais a vela na região. Piçarras foi escolhida como destino da Inport porque completa 50 anos agora em dezembro.
Premiação
O início da noite de sábado foi de premiações. Primeiramente foram entregues os troféus para os vencedores da Regata do Porto pelo prefeito Jandir Bellini, pelo prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, pelo diretor da área de café da Mondelez Internacional, Jacques Rosio, e pelo organizador da Transat Jacques Vabre, Gildas Gautier. Em seguida, rolou a cerimônia oficial de entrega dos troféus da Transat Jacques Vabre. O público estava presente e aplaudiu forte os campeões da maior regata transatlântica do mundo.
Barcos chegam em bando
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O fim de semana foi agitado e de muitas chegadas de veleiros em Itajaí. Na madrugada de sábado, o vice-campeão da Classe 40, Tales de Santander 2014, barco espanhol comandado por Alex Pella e Pablo Saturde, cruzou a linha de chegada após 21 dias em alto-mar. Também na madruga de sábado, o veleiro Mare chegou na city peixeira e ficou com a terceira colocação.
Já na manhã de domingo, às 7h29, o Watt and Sea - Région Poitou Charentes completou a prova na quarta colocação. Duas horas depois, foi a vez de O Groupe Picoty atracar em Itajaí e conquistar a quinta colocação na classificação da categoria com o maior número de embarcações na disputa. No sexto lugar ficou SNCF Geodis, que chegou perto do meio-dia, seguido do barco ERDF-Des pieds et des Mains, sétimo colocado da Classe 40 na Transat Jacques Vabre 2013.
Confira a galeria especial de fotos da Regata Inport na página 17 desta edição.