Itajaí

Acesso ao parque da Atalaia agora é só diapé

Pra curtir a natureza e a visão paradisíaca do alto do morro, visitantes têm que bater perna toda vida reto morro acima

Relaxar com o canto dos pássaros, o ar fresco em meio à mata atlântica e ainda curtir a vista privilegiada de uma paisagem exuberante. O parque Natural Municipal da Atalaia, no bairro Fazenda, em Itajaí, é uma das opções de passeio para quem quer escapar do estresse da cidade e recarregar as baterias. Só que, pra chegar lá em cima do morro e curtir o que ele tem de melhor, é preciso fôlego. Desde que o caminhão que fazia o transporte dos visitantes capotou, no final de novembro, agora só dá pra subir a pé.

Além da beleza do visual, o parque possui uma estrutura com deques, parquinho infantil, rampa para voo livre e mirantes. São mais de 19 hectares de mata protegida e mais de 100 espécies catalogadas ...

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Além da beleza do visual, o parque possui uma estrutura com deques, parquinho infantil, rampa para voo livre e mirantes. São mais de 19 hectares de mata protegida e mais de 100 espécies catalogadas de plantas e animais. Além disso, há trilhas ecológicas que permitem aos visitantes uma caminhada em contato direto com a natureza.

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As trilhas iniciam na entrada do parque e somam mais de mil metros entre subidas e descidas. Até a semana passada, os visitantes que não conseguiam encarar o trecho caminhando podiam ir de carro até o topo. Além dos veículos particulares, quando o movimento era maior, entravam em ação a caminhonete e o caminhão do parque. Conhecido como Brucutu, o bruto inspirado em modelos de carros militares levava os visitantes pra cima e pra baixo.

No entanto, no dia 23 de novembro o caminhão tombou enquanto fazia o transporte de 17 pessoas até um dos mirantes. Na ocasião, uma mulher de 27 anos e um menino de quatro ficaram feridos. Com isso, a circulação de veículos nas estradas do parque está suspensa até que seja finalizada uma sindicância pra apurar as causas do acidente.

Por isso, agora a única possibilidade para os visitantes é subir caminhando. O trajeto leva, pelo menos, meia hora e é cansativo, mas a vista a 160 metros de altura recompensa o esforço físico.

Após 600 metros de subida íngreme, a trilha se divide. Pra direita, após 500 metros de caminhada, chega-se a um mirante natural que recebeu o nome “Ar”, por ser ponto de encontro de praticantes de parapente. Além dos bons ventos para o voo, o local possui uma vista privilegiada da natureza e de toda a praia da Atalaia.

Já quem optar por seguir à esquerda encontrará, após 600 metros de subida, o mirante “Água”. Construído em três andares de madeira, a estrutura possui 10 metros de altura e suporta, no máximo, 15 pessoas. Lá do alto, a vista é ainda mais surpreendente. Além do mar da Atalaia, o espaço proporciona uma visão panorâmica da cidade. É possível contemplar o molhe, o canal por onde passam os navios em direção aos portos e a praia. Mais à esquerda, aparecem os espigões e as casas peixeiras, e até mesmo partes de Navega. Espichando um pouco mais os olhos, também é possível dar um bizu no trânsito da rodovia Osvaldo Reis.

Além do mirante, o local também possui um parque infantil, espaço para descanso e água para recuperar as energias gastas durante a trilha. Fora esses atrativos e a beleza da paisagem, o grande diferencial do parque, segundo o coordenador Alex Rocha, é a organização. “Temos um pessoal trabalhando aqui, fazendo a vigilância, tirando dúvidas, um local totalmente monitorado, onde não tem som alto nem baderna”, propagandeia. Durante o horário de verão, o parque fica aberto todos os dias, das 8h às 20h.

Encontrar animais no meio do caminho é comum

Fora a vista privilegiada, a trilha também pode proporcionar boas surpresas. Com um pouco de sorte, é possível encontrar animais silvestres em partes do caminho. O canto de algumas das mais de 130 espécies de aves que vivem no parque pode ser ouvido durante todo o percurso. Além disso, encontros inusitados também rolam. Dependendo do momento, é possível se deparar com um tatu cruzando a estrada, lagartos escapando assustados com o movimento e gambás dando um rolê.

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Além disso, o caminho percorrido é totalmente cercado pela mata atlântica. Na morraria, já foram identificadas mais de 100 espécies de plantas, distribuídas entre 37 famílias botânicas. Entre elas estão árvores conhecidas, como palmito, peroba e canela, e até algumas mais raras, como a banana-de-macaco.

Em todo o parque, há também diversas placas informativas que mostram as espécies de plantas e animais encontradas no local, as quais podem ser vistas a qualquer momento durante o trajeto.

Atração pede repeteco

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Só neste ano, o parque já recebeu 42 mil pessoas, com uma média de visitação mensal entre três e quatro mil. Em meses de veraneio, quando a turistada está solta pela região, os registros chegam a cinco mil pessoas por mês. Já durante o ano, os principais visitantes são escolas e centros educacionais, que enchem a agenda do local.

“Nós temos uma parceria com o pessoal do parque, e a gente sempre traz as crianças aqui. Elas adoram o passeio, a vista dos mirantes e os animais”, conta Fabiane Stoltz, que é coordenadora do centro de educação em tempo integral Verde Vale, e na ocasião acompanhava uma turma de 28 alunos entre seis e 12 anos.

O passeio encanta tanto os visitantes, principalmente a criançada, que a visita ao local acaba se repetindo. “Eu já vim algumas vezes; é um lugar tranquilo, a gente relaxa aqui. Todo o parque é legal. Eu gosto do mirante que dá para ver toda a praia”, conta Sabrina Campolim, 10, enquanto os colegas se divertem nos balanços e brinquedos do parquinho infantil.

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Quem também já foi mais de uma vez ao parque e sabe o caminho até os mirantes de cor e salteado é a estudante Amanda da Rosa, 10. “Eu já vim outras quatro vezes. É muito legal aqui. A gente fica perto dos animais e das árvores”, conta.

Sindicância vai apurar acidente com bruto

O tombamento do caminhão no dia 23 preocupou os administradores do parque e também assustou alguns visitantes. Com isso, a entrada de carros no local foi proibida, pois as subidas íngremes em estrada de chão dificultam a circulação de veículos, principalmente em dias de chuva.

“Ainda não sabemos como vamos solucionar este problema. Talvez tenhamos que asfaltar parte da estrada. Mas este é um ponto que ainda será discutido, para que em breve a gente consiga uma solução, pois este é um local que só tem a crescer”, afirma o coordenador do parque.

Segundo Alex, este foi o primeiro acidente com o bruto, que também é uma das atrações turísticas do parque. Uma sindicância para apurar as causas do acidente deve rolar em alguns dias.

No feriadão de 15 de novembro, a caminhonete do parque também sofreu um acidente, mas ninguém ficou ferido.






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