Itajaí

Casa desocupada do bairro das Nações vira antro de drogados em Balneário

Todas as noites viciados ocupam a casa que vai dar lugar pras obras do binário

O sossego de dona Dirce Terezinha Bomvin, 80 anos, foi simbora há oito meses. A casa ao lado da baia dela foi desapropriada em abril pela prefa por conta das obras do binário no bairro das Nações, em Balneário Camboriú, e desde então virou um antro de drogados. Com as paredes da casa ainda levantadas, e nenhum morador por lá, o lugar virou mocó pra andarilhos e usuários de porcarias, que infernizam a vida da pensionista com o cheiro de maconha, sujeira e o vai e vem de viciadinhos.

A idosa mora na casa 363 da rua Uruguai e diz que se sente insegura com o entra e sai de gente estranha por lá. “Eu, com essa idade, tendo que aguentar isso e com criança em casa”, desabafa.

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A idosa mora na casa 363 da rua Uruguai e diz que se sente insegura com o entra e sai de gente estranha por lá. “Eu, com essa idade, tendo que aguentar isso e com criança em casa”, desabafa.

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Só de entrar na baia desocupada, já dá pra ter uma ideia do sofrimento da dona Dirce. Na entrada do terreno, o lixo acumulado aumenta a cara de abandono da construção, que só teve algumas partes demolidas. Lá dentro, as latinhas de refrigerante queimadas, jogadas no chão, dão a dica de que o consumo de crack rola solto. Algumas peças de roupa sujas, amontoadas nos cantos, são a prova de que a casa tem frequentadores assíduos.

O perrengue não é exclusividade de dona Dirce. No dia 14 de setembro deste ano, o DIARINHO publicou uma matéria sobre o binário e conversou com a dona de casa Sirlene Silva Lisboa, 46, que também mora perto de uma das baias indenizadas e desocupadas. Ela reclamou, já na época, que os viciadinhos e andarilhos moravam lá e incomodavam a vizinhança. “Até tem polícia, mas a gente se sente inseguro por causa dos drogados”, disse a mulher.

Prometeu fiscalizar

O secretário de segurança da Maravilha do Atlântico, Dão Koeddermann, admite que a bronca da rua Uruguai não é um caso isolado. “A gente faz rondas periódicas no bairro, mas vou pedir rondas até que a casa seja demolida”, prometeu o abobrão, que se comprometeu a solicitar junto à secretaria de Obras que a construção vá para o chão o quanto antes. Conforme explicação do secretário, as casas se tornaram patrimônio público desde que foram indenizadas, por isso é a guarda municipal quem fica responsável pela fiscalização.

No total, 108 imóveis foram indenizados. Segundo Auri Pavoni, secretário de Planejamento de Balneário Camboriú, a demora nas demolições tem relação com problemas judiciais. “Foi uma questão jurídica, não sabíamos para quem pagar a indenização nos casos de famílias que tinham problemas de inventário, por exemplo”, explica. Ainda falta uma família entregar a baia, e só depois dessa última desocupação a secretaria vai limpar todo o trecho, demolir as construções e tocar as obras.

O abobrão informa, ainda, que todos os donos de terrenos já receberam a grana das indenizações e que o perrengue deve terminar em breve. Ele não estipulou uma data, mas adiantou que já expirou o prazo pra última família entregar a casa e que uma equipe da secretaria vai bater lá, ainda esta semana, pra saber quando eles carcam da baia. Apesar dos atrasos, o secretário acredita que em duas semanas o trampo deve ter início e a casa vai pro chão.



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