Itajaí

Professora teve que esperar um ano por exame

“O prefeito de Navegantes dizia que saúde era prioridade”, diz a profe Carla

A jornada diária de oito horas dentro de uma sala de aula provocou na professora Carla Felicio, 32 anos, uma crise de enxaqueca. Moradora de Navegantes e sem grana pra bancar um tratamento, ela recorreu ao sistema público de saúde dengo-dengo. Em vez de sumirem, as dores de cabeça aumentaram. Carla esperou exatamente um ano e um mês pra fazer um exame de ressonância magnética pelo sistema Único de Saúde (SUS), atrás da causa das dores. “Espero que não seja grave, mas se der alguma coisa negativa no meu exame, pode ter sido da demora”, teme. O exame rolou terça-feira, às 19h30, na clínica São Lucas, centrão da city peixeira.

Carla começou a ter crises de dor de cabeça ano passado, quando procurou ajuda num postinho de saúde. De lá foi encaminhada a um especialista, que solicitou o exame, agendado pro dia 14 de novembro ...

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Carla começou a ter crises de dor de cabeça ano passado, quando procurou ajuda num postinho de saúde. De lá foi encaminhada a um especialista, que solicitou o exame, agendado pro dia 14 de novembro de 2012. Porém, a olhada na cabeça só rolou na última terça-feira. “Se a saúde de Navegantes é prioridade, como diz a campanha do prefeito, por que não tem exame pra todos na cidade?” questiona.

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Se fosse pagar em uma clínica particular, Carla teria que desembolsar mais de 800 pilas. Sem dindim, preferiu esperar na fila. “Eles falam que tem muita gente [na fila]. Mas há um ano?” Há uns três anos, a professora ficou oito meses esperando pra fazer uma endoscopia. Na época, Carla pediu ajuda a um vereador da city, que agilizou os papélis e ela conseguiu rapidinho. “Deu certo, mas fiquei triste de saber que precisava de gente influente pra fazer um exame. Desta vez, eu vi o quanto o povo de Navegantes sofre com essa espera”, desabafa.

City faz 35 ressonâncias por mês

A ressonância magnética é um dos exames mais caros da rede pública. Numa clínica particular, sai entre R$ 750 e R$ 800. Pela tabela do SUS, R$ 290. Em Navega, por mês são 35 exames, 10 bancados pelo SUS e 25 na conta da prefa, por meio dum consórcio com a associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri).

O secretário de Saúde dengo-dengo, Samuel Paganelli, jura que a city nunca investiu tanto em saúde como este ano. “Se for comparar com outras cidades da região, a fila de espera é pequena em Navegantes”, bate no peito. Hoje, 282 pacientes tão na fila da ressonância com uma média de oito meses de espera. “Tinha uma fila muito grande, que não diminui rápido. Sem contar que os casos de urgência e emergência são passados na frente, o que atrasa mais os pacientes sem tanta urgência”, justifica.

Este foi o caso de Carla. Ela contou que o diagnóstico dado pelo médico, ano passado, apontava pra um problema crônico, por isso não entrou na fila das prioridades. O abobrão garante que, a partir do próximo ano, a prefa deve dobrar os investimentos no consórcio com a Amfri, o que vai aumentar em 80% o número de ressonâncias e outros exames fornecidos ao povão. Carla prometeu procurar o DIARINHO assim que sair o resultado do exame.



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