O impasse entre a prefa de Balneário Camboriú e os barnabés, pelo jeito, deve rolar até o ano que vem. A categoria, reunida em assembleia, rejeitou o valor de reposição salarial e do cartão alimentação de 5,86 % [valor calculado de acordo com o INPC dos últimos 12 meses] oferecido pela comissão de negociação, que foi montada pelo prefeito Periquito (PMDB).
A assembleia permanece aberta até a próxima segunda-feira, quando a tchurma deve se reunir novamente pra tentar avançar nas negociações e melhorar os índices oferecidos. A reunião vai rolar às 19h ...
A assembleia permanece aberta até a próxima segunda-feira, quando a tchurma deve se reunir novamente pra tentar avançar nas negociações e melhorar os índices oferecidos. A reunião vai rolar às 19h na câmara de vereadores.
O presidente do sindicato dos Servidores Municipais de Balneário Camboriú (Sisembc), Valdir Lolli, considera que a comissão criada pelo prefeito Periquito, que é presidida pelo secretário de Articulação Governamental, Marcelo Achutti, é uma iniciativa válida, mas precisa avançar. A administração só instituiu a comissão, o que ainda é uma iniciativa tímida. Precisamos definir critérios, apresentar um estudo do orçamento, do impacto financeiro, para que possamos avançar, criando uma agenda de negociação ao longo do ano, considera Lolli.
Na última reunião entre representantes do sindicato e da comissão de negociação da prefa, foi apresentada verbalmente a justificativa de que a prefeitura tem que realizar concurso público pro Esporte, Cultura, Emasa, entre outros setores, a fim de atender uma exigência do Ministério Público, que quer que Periquito reduza o número de contratações temporárias. Além disso, o município expõe a dificuldade em pagar a dívida de 130 milhões de reales em razão de desapropriações que rolaram há vários anos e, até agora, os proprietários estão na dona justa pra receber.
O vereador Ary Souza (PSD), que é barnabé do município há 27 anos, apresentou esta semana duas indicações e um projeto de lei cobrando do prefeito Periquito o cumprimento de direitos dos funcionários. O parlamentar pretende adequar a jornada de trampo, pagamento de hora extra e gratificação para os profes.
Através de um projeto de lei, Ary quer que a jornada de trabalho seja reduzida de 40 para 30 horas semanais, como já rola na prática na maioria dos setores da prefa. O horário de trabalho tem que ser o mesmo, independente da categoria que você ocupe, diz o vereador.
Outro pedincho de Ary é o pagamento de horas extras a partir da sexta hora trabalhada ininterruptamente.