Itajaí
Pedaço de dedo do assassino tava na garganta de travesti
Isso ajudou a polícia a desvendar a morte da profissional do sexo, Jenifer Toledo (foto), assassinada em Balneário Cambori
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Tá atrás das grades da Canhanduba o caminhoneiro Everton Ricardo da Rosa, 23 anos, apontado pela polícia Civil como o assassino do transexual e profissional do sexo Cristian Pinto Toledo, 27, que usava o nome de Jenifer Toledo. A pele de um dos dedos de Everton, encontrada na garganta da travesti, ajudou a polícia a elucidar o crime.
Jenifer foi encontrada morta, esgoelada e enforcada por um cinto, em 31 de outubro deste ano, em Balneário Camboriú. O rapaz confessou o crime e disse que agiu em legítima defesa porque, segundo ele, Jenifer teria tentado penetrá-lo na hora da transa.
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Everton foi preso na tarde de terça-feira. Tava na casa dos pais, no bairro Tabuleiro, em Camboriú. A prisão, divulgada somente ontem, foi feita por agentes da divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú.
De acordo com o delegado Osnei Valdir de Oliveira, chefão da DIC, Everton foi identificado logo depois do crime. Em 14 de novembro os tiras pediram pra justiça um mandado de prisão temporária. Mas o caminhoneiro fugiu pra São Paulo. Ele esperou a poeira baixar e retornou, achando que estaria livre da cadeia. Acabou pego.
O jovem confessou o crime. Ele alegou que, durante o programa, a vítima tentou violentá-lo sexualmente e ele agiu em legítima defesa, conta o delegado. Jenifer foi enforcada com o cinto que Everton usava.
Os policiais chegaram até o cara pelas imagens das câmeras de segurança do prédio onde a travesti morava. Testemunhas também ajudaram a elucidar o assassinato.
O que também fez a diferença nas investigações foi um pedação de pele de um dedo de Everton encontrado, durante a necropsia, na garganta de Jenifer. O delegado Osnei acredita que Everton colocou a mão na boca da vítima no momento que ela gritava por socorro e Jenifer teria mordido o dedo.
Jenifer e o assassino não se conheciam. Eles fizeram contato através de um site de relacionamentos pra marcar o programa. Everton não tinha passagem pela polícia. Ele foi enquadrado por homicídio qualificado.
O crime
Jenifer foi assassinada num apartamento do edifício Iris, que fica na rua 1600, esquina com a avenida Brasil, no centro de Balneário. Era por lá que morava e fazia os programas. Vizinhos ouviram uma discussão entre o travesti e um homem e chamaram a polícia. Quando os policiais chegaram, a vítima já estava morta e o assassino tinha fugido.
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Redação DIARINHO
Reportagens produzidas de forma colaborativa pela equipe de jornalistas do DIARINHO, com apuração interna e acompanhamento editorial da redação do jornal.
