Itajaí

Hotel que funcionava como motel na rua 200 é fechado pela polícia Militar de Balneário Camboriú

PM e prefa deram fim às atividades do hotel quinta-feira à noite; advogado do Guinza prometeu reabrir local na marra

A zona que virou a rua 200, no centro de Balneário Camboriú, tá com os dias contados. No fim da noite de quinta-feira, policiais militares e fiscais da secretaria da Fazenda da prefa de Balneário Camboriú interditaram o hotel Guinza.

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De acordo com moradores, o local funcionava como fodódromo e era um chamarisco pra homossexuais. Os travecos, dizem, faziam algazarra até altas horas da madruga e ainda aproveitavam o tempo entre ...

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De acordo com moradores, o local funcionava como fodódromo e era um chamarisco pra homossexuais. Os travecos, dizem, faziam algazarra até altas horas da madruga e ainda aproveitavam o tempo entre uma transa e outra pra traficar.

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Uma moradora, que preferiu não se identificar, conta que fardados e barnabés do Reino da Dinamarca chegaram ao local por volta das 23h. Além de embargar o hotel, milicos abordaram cerca de 12 travecos que faziam programa ao longo da rua. “Eles foram fotografados, e a polícia disse que faria o cadastro de cada um deles, pra controlar a atividade”, conta a testemunha.

A presença dos policiais no local intimidou as garotas com vírgula, que teriam, inclusive, brigado entre si. A ação policial foi aplaudida por quase todos os moradores da rua 200, que saíram de casa pra acompanhar a operação. “Alguns soltaram até foguetes e cumprimentaram os policiais”, disse a moradora.

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Briga na dona justa

O hotel Guinza trava uma batalha judicial antiga com a PM e a prefa de Balneário Camboriú. Há cerca de um ano, a administração da city embargou o estabelecimento sob alegação de que o lugar funcionava, na realidade, como motel e não hotel, para o qual tinha o alvará.

O departamento jurídico do Guinza entrou com mandado de segurança e conseguiu na justa reabrir o estabelecimento. Após várias denúncias dos moradores, policiais militares foram ao local e interditaram o hotel, por conta própria.

Os proprietários do Guinza entraram com novo mandado de segurança, desta vez contra a polícia Militar. A juíza Adriana Lisboa, contudo, indeferiu o pedido e deu parecer favorável ao embargo, alegando que a PM tinha autonomia pra fechar o local. Mesmo assim, o poleiro de travecos voltou a funcar.

Polícia Militar agiu e prefa só acompanhou de longe

De acordo com Gilberto Hostins, diretor de Fiscalização da secretaria da Fazenda, o hotelzinho foi embargado pela PM por apresentar “desvio de finalidade”. “Ele tem alvará pra funcionar como hotel, mas funciona, na verdade, como motel”, explica o abobrão, que não soube listar, um por um, os itens que confirmam a alegação.

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Hostins admite que o alvará de funcionamento do do Guinza tá em dia, apesar de tudo. Afirma, ainda, que a prefa apenas acompanhou os trabalhos da PM. “A prefeitura não embargou o hotel. Foi a PM, garantiu.

A polícia Militar confirmou que, de fato, interditou o local por conta própria no fim da noite de quinta. O aspirante Tony Nelson Passos de Oliveira, responsável pelo departamento de comunicação Social do batalhão, disse que já havia um termo de interdição, que foi desrespeitado pela administração do hotel. “Foi lavrado um novo termo circunstanciado. Se eles voltarem a abrir, será feito um terceiro, por desobediência, e o caso será relatado ao Ministério Público”, avisou o PM.

“PM não pode multar, estamos tranquilos”

O advogado do Guinza garantiu que, por bem ou por mal, o hotel voltaria a funcionar ainda na sexta-feira. O dotô Alex Blaschke Romito de Almeida defende que o estabelecimento tá regularizado como hotel e não funciona como fodódromo, apesar das alegações. “O que acontece é que muitos clientes utilizam como motel, mas nós não podemos impedir a entrada deles. Nós cobramos a diária, normalmente”, alega o representante.

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O advogado promete entrar com efeito suspensivo do termo circunstanciado e diz não temer uma nova intervenção da PM por lá. “A polícia Militar tem poder para embargar, mas não para multar. Por isso, estamos tranquilos”, concluiu o doutor Alex.

O rolo envolvendo o hotel e os travecos da rua 200 foi notificado pelo DIARINHO na edição de 6 de dezembro. Os moradores denunciaram que as moçoilas de tromba, além de vender o próprio corpo e falar alto até tarde da noite, ainda aliciavam dimenores pro tráfico de drogas. A maioria deles usaria o hotel Guinza como ponto pra atrair clientes, segundo a denúncia.

PM não pode embargar nada, explica sabichão

Especialista em direito administrativo, o advogado Natan Ben-Hur Braga lembra que a polícia Militar não tem poder pra embargar obras ou qualquer outro imóvel, como insistiu o diretor de Fiscalização da prefa e o próprio advogado de defesa do hotel Guinza. “A função da PM é dar segurança. É puramente ostensiva”, afirmou Ben-Hur.

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