Itajaí

PM tá de zolho nas fuças dos assaltantes

Setor usa filmagens de comércios e residências para identificar os assaltantes que atacam na city peixeira

Filmagens feitas por câmeras de segurança de comércios, casas e das ruas de Itajaí estão ajudando a polícia Militar a reconhecer e prender assaltantes. De janeiro a setembro deste ano, 40 bandidos foram reconhecidos através das bisbilhoteiras. A identificação foi feita pelo setor que tem nome de loja de departamento, mas, na verdade, é comandado pela polícia Militar peixeira. A intenção é identificar assaltantes que aprontam na cidade. A ação do Pós-crime, garante a PM, tem feito os roubos diminuírem.

O setor foi criado em fevereiro de 2012, funciona em uma sala do batalhão peixeiro e tem dois policiais exclusivos para realizar o trabalho. Desde a criação, já investigou mais de 400 ocorrências ...

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O setor foi criado em fevereiro de 2012, funciona em uma sala do batalhão peixeiro e tem dois policiais exclusivos para realizar o trabalho. Desde a criação, já investigou mais de 400 ocorrências.

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Os bandidos Josias Klock, suspeito de praticar quatro assaltos a lojas em Itajaí, e Jonas da Silva, que atacou a casa do secretário de Obras, Tarcízio Zanelato, estão entre os criminosos identificados através do trabalho do setor do Pós-crim. A dupla, apesar de identificada, segue foragida.

O trabalho feito pelo cabo Dongeles Gonçalves e pelo soldado Jullian Sachuk começa após cada assalto a casa ou comércio registrado. “A gente só deixa de ir quando estamos empenhados em outra ação”, explica Gonçalves. Após o assalto, os dois conversam com a vítima, para ver se há alguma chance de reconhecer os assaltantes ou então verificar se existem imagens de câmeras de segurança pra ajudar na identificação dos criminosos.

Dos 185 assaltos registrados a casas e comércios peixeiros de janeiro até setembro deste ano, 40 criminosos foram reconhecidos ou presos pelo Pós-crime. O número pode parecer pequeno, comenta o cabo Gonçalves, mas antes do serviço nem mesmo cinco assaltantes eram identificados. Ainda segundo Gonçalves, antes de o trabalho começar a ser feito, era comum que as vítimas não registrassem o boletim de ocorrência por não acreditar que isso resultaria na prisão dos bandidos. “O comerciante ia à delegacia e virava estatística”, disse.

Mais de 10 mil fotos de suspeitos

Quando os bandidos agem de cara limpa e a vítima lembra das fuças do assaltante, ela é levada para o batalhão, onde os policiais apresentam uma série de fotos de quem possivelmente possa ter cometido o crime. O banco de dados do setor tem uma lista de pessoas já abordadas, presas e mais de 10 mil fotos de suspeitos. Neste banco de dados também são inseridas imagens de bandidos captadas das câmeras de segurança de comércios e casas atacadas.

Não há uma média de tempo para o reconhecimento ou conclusão de um assalto, mas já teve bandido indo parar em cana duas semanas após o crime. Muitas vezes, lembrou Sachuk, o assaltante não é preso pelo mesmo assalto, mas acaba reconhecido em outro roubo, e a ocorrência anterior acaba entrando pra ficha do cara.

“Todas as nossas ocorrências permanecem em aberto. A investigação não para”, explica Gonçalves.

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Todo o levantamento feito pela PM é encaminhado para a delegacia, e a papelada ajuda o delegado a instaurar o inquérito policial.

Existe ainda uma parceria do setor com a divisão de Investigação Criminal. O Pós-crime fornece informações do banco de dados enquanto a DIC investiga e instaura o inquérito policial. “No ano passado, fizemos algumas prisões com base nesses dados”, comentou o delegado responsável pela DIC, Celso Pereira de Andrade. Embora Santa Catarina tenha 293 municípios, apenas Itajaí, Joinville e Balneário Camboriú possuem o setor de Pós-crime.

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Setor auxilia em crimes comuns

O setor de examinar as bizolhudas foi criado para trabalhar com os casos de assaltos a comércios e residências da região, mas como o serviço se tornou conhecido entre o povão, é comum que a própria comunidade solicite o trampo. Foi o que aconteceu com uma funcionária da Havan. Na terça-feira passada, ela teve a Biz furtada do estacionamento, e as câmeras da loja flagraram a ação do bandido.

Depois de ver o vídeo, os PMs identificaram o criminoso através de uma tatuagem na perna esquerda. Jefferson Luiz Soares, 30 anos, confessou aos fardados que tinha surrupiado a moto e acabou preso. A Biz foi encontrada abandonada no molhe peixeiro. Na casa do criminoso, os policiais ainda recuperaram os objetos da funcionária que estavam dentro da Biz.

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PM diz que assaltos também diminuíram

A PM acredita que o trabalho do Pós-crime está ajudando a reduzir o número de assaltos na cidade. No relatório da PM com o número de roubos em Itajaí de janeiro a agosto de 2013, divulgado pelo DIARINHO em setembro, ocorreram 187 assaltos a comércios e baias neste ano. Uma média de 23 roubos por mês. Segundo Gonçalves, antes do trampo do Pós-crime, a média era de 44 ao mês.

Além disso, os PMs já sacaram que para não serem reconhecidos por crimes anteriores os assaltantes estão fazendo um intercâmbio. Quem é de Itajaí assalta em Balneário Camboriú, e quem é de Balneário assalta em Itajaí. Para evitar que isso facilite a ação dos bandidos, a PM troca informações com os órgãos de segurança de outras cidades.

De acordo com o cabo Gonçalves, quem tiver imagem de crimes onde seja possível identificar a cara do bandido, pode entrar em contato com a PM peixeira. A prioridade do setor são os assaltos, mas quando houver um tempinho qualquer crime será investigado. “Não dá pra abraçar o mundo”, confessa o cabo. O telefone pra contato do Pós-crime é o (47) 9975-0499.



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