Itajaí

Inquéritos apuram bafão entre tiras e milicos

Confusão rolou quando PM chegou atirando contra policial Civil em festa de fim de ano

Três investigações paralelas: uma da corregedoria da secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, uma da corregedoria da polícia Militar e a terceira da polícia Civil vão tentar desvendar o puta bafão em que tiras e fardados de Balneário Camboriú estão metidos. O fato aconteceu na madruga de sábado quando, durante uma festa de confraternização de fim de ano entre policiais civis da divisão de Investigações Criminais (DIC), um grupo de milicos teria chegado mandando bala. As causas do fuzuê estão sendo apuradas.

A corregedoria da SSP já tomou conhecimento do fato abriu um inquérito policial. O secretário César Augusto Grubba determinou que todas as investigações sejam tocadas pela corregedoria. “Até pra ...

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A corregedoria da SSP já tomou conhecimento do fato abriu um inquérito policial. O secretário César Augusto Grubba determinou que todas as investigações sejam tocadas pela corregedoria. “Até pra dar imparcialidade e trazer para o campo neutro”, explicou o assessor João Carlos Mendonça.

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A assessoria da secretaria não soube informar o que aconteceu exatamente na madrugada de sábado. “O que a gente sabe é que foi durante uma festa de confraternização de policiais civis. Lá pelas tantas, não se sabe por que, os policiais militares apareceram dando tiros”, completou o assessor.

Policial Civil diz que PMs chegaram atirando

Um policial civil, que preferiu não ter seu nome publicado, garante que a confusão toda foi causada pelos militares. Segundo ele, a festa dos policiais da DIC tava no finalzinho quando quatro tiras, dois homens e duas mulheres teriam sido surpreendidos pelos PMs que, segundo ele, já entraram atirando.

Aproveitando o momento de trégua, uma das policiais jogou o distintivo no chão, e a partir daí, começou um bate-boca generalizado. O policial Civil que teria puxado a arma foi rendido pelos PMs. O policial da DIC foi algemado e levado à delegacia.

No local do quiprocó, foram aprendidas cápsulas da arma usada pelo PM. Segundo ele, a pistola do tira da DIC ficou apreendida, mas a que foi usada pelo PM, não.

Ouvido pelo DIARINHO, o policial da DIC que foi detido preferiu não se manifestar. Ele também não quis falar sobre a possível frase racista, “negro sujo”, que teria dito. “Ele [o militar] pode falar o que quiser. Eu não vou falar sobre isso”, disse o policial.

PM diz que policial civil se negou a soltar arma

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Segundo a versão de um policial militar, que preferiu não se identificar, a confusão aconteceu durante a festa de final de ano da DIC de Balneário. O encontro, afirma, aconteceu na Dacoregio Escapamentos, na esquina das avenidas Alvin Bauer e do Estado.

Um grupo de PMs teria sido acionado pra checar uma denúncia de perturbação de sossego. Foi quando começou a briga. Pelo relato do PM, um dos civis estaria armado e se negou a largar a pistola. Neste momento, um dos PMs teria disparado contra os policiais civis, mas o tiro não acertou ninguém.

O policial que se negou a largar a arma foi rendido e levado até a delegacia. O PM negou, ainda, que um dos meganhas tenha pisado no distintivo do policial civil. O PM garante que a confusão começou porque o tira da DIC teria chamado um dos PMs de “negro sujo”.

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Delegado questiona: se rola isso com um policial, imagina com um cidadão comum

O DIARINHO tentou ouvir o delegado Osnei Valdir de Oliveira, que é chefão da DIC e também participou da confraternização que terminou em muvuca. Ontem, o celular dele tava desligado. Em entrevista à TV Mocinha, o delegado criticou a ação dos PMs e disse que por pouco o caso não acabou em morte. “É inadmissível o que fizeram. Felizmente, o policial que atirou era um despreparado, por isso errou os tiros”, declarou. Por conta disso, o delegado disse que vai comunicar todas as entidades de Direitos Humanos e o Ministério Público sobre o fato.

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Segundo o que Osnei disse a TV, a polícia Civil considera que houve abuso de autoridade por parte dos policiais. Falou também que os PMs estão sempre prestando depoimento na DIC e conhecem os policiais Ele questionou o preparo e o caráter dos PMs. “Eu fico imaginando o cidadão comum, que é vítima dessas arbitrariedades, que é vítima de abuso de autoridade e, quando apresentado a autoridade policial, tem os fatos deturpados, como ocorreu”. Osnei teria sido acusado pelos PMs de estar bêbado. “Eu não consumo bebida alcoólica. Faço tratamento gástrico e nem posso beber”, se defendeu.

O delegado também nega que os tiras tenham chamado os milicos de “negro sujo” ou qualquer outro termo racista. “É totalmente descabida a alegação de que houve injúrias raciais”.

Diretor do Litoral terá acesso a relatório hoje

O delegado Artur Nitz, diretor de Polícia do Litoral, explica que hoje deve receber um relatório detalhado do caso e, só a partir daí, vai falar. “Eu não posso dizer o que aconteceu sem saber ao certo o que houve. O doutor Osnei [delegado Osnei Valdir de Oliveira, da DIC de Balneário] vai me enviar um relatório completo amanhã [hoje]”, informou.

O doutor Artur informou, ainda, que o inquérito tá sendo tocado pelo delegado Savério Sarubi, que não atendeu o telefone ontem, à tarde.

O coronel Atair Derner Filho, comandante da 3ª Região da PM, também disse que estava impedido de se pronunciar sobre o caso. “O caso está sendo tratado pela assessoria de Comunicação da SSP”, limitou-se a dizer.






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