Pelo menos 145 criminosos que cumprem pena em uma das três unidades prisionais de Itajaí ganharam arrego da dona justa e vão poder passar as festas de final de ano com a família. Desde ontem, os presos que cumprem pena no regime semiaberto foram beneficiados pelo indulto de Natal. Hoje, mais uma leva deve ser colocada em liberdade. Os dois grupos vão passar 14 dias longe das grades.
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Dos homens e mulheres beneficiados com a saída temporária, 77 estão presos na penitenciária da Canhanduba, 10 no presídio da Canhanduba e 58 no Matadouro. Pra ter direito ao arrego, todos devem ...
Dos homens e mulheres beneficiados com a saída temporária, 77 estão presos na penitenciária da Canhanduba, 10 no presídio da Canhanduba e 58 no Matadouro. Pra ter direito ao arrego, todos devem estar no regime semiaberto. O tipo de crime que cometeu não é levado em conta na hora de ganhar a regalia.
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Pra evitar qualquer problema, a dona justa optou por liberar os presos em dois dias diferentes. Assim, os que saíram ontem devem retornar no dia 2 de janeiro de 2014, e os que sairão hoje devem voltar pra trás das grades no dia 3 de janeiro. Caso resolvam continuar livres, leves e soltos, mesmo devendo pra dona justa, eles serão considerados foragidos. O não retorno implica em falta grave e, consequentemente, na regressão de regime, explicou o juiz Pedro Walicoski Carvalho, corregedor dos presídios peixeiros. Foi o becado quem caneteou os 14 dias de arrego pros presos.
Número de presos que não volta pra jaula é bem pequeninho
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De acordo com dados do departamento de Administração Prisional (Deap), o número de presos que não retornam pra trás das grades é bem pequeno. No ano passado, apenas 4,3% dos arregados quis esticar a saidinha e foram guentados pela polícia. O juiz Pedro considera o índice de fugas bastante baixo. Em Itajaí, 127 bandidos ganharam o benefício e apenas quatro não voltaram pro xilindró. E um deles tinha uma boa justificativa: morreu na rua.
Para o magistrado, os presos liberados este ano devem retornar, conforme o combinado, pras jaulas. Ele credita essa consciência do preso aos programas de ressocialização nos presídios, como cursos profissionalizantes e a oportunidade de trabalhar. Um exemplo citado foram os 11 presos, quatro mulheres e sete homens, que tramparam na regata Jacques Vabre, de 16 de novembro a 1º de dezembro. Na tarde de quarta-feira, eles estiveram no fórum pra receber do juiz o pagamento pelos dias trabalhados: R$ 339 cada um. Isso ajuda na ressocialização e faz com que os presos se sintam novamente inseridos na sociedade, comemorou.