A notícia de que os fogos de artifício do Réveillon Mágico de Itajaí vão ser bancados por empresas fedeu mais que fralda de rapaz pequeno. Na matéria publicada ontem no DIARINHO, o bagrão do Turismo, Agnaldo dos Santos, diz que a prefa não fez licitação pra comprar o foguetório, porque três empresas peixeiras vão financiar o show. O valor do agrado, segundo Agnaldo, é de R$ 48 mil.
Na entrevista ao DIARINHO, o bagrão se negou a dizer o nome das empresas. Uma é do ramo da pesca, limitou-se a dizer, negando que a dita cuja seja a sua empresa. O abobrão diz que foram os empresários ...
Na entrevista ao DIARINHO, o bagrão se negou a dizer o nome das empresas. Uma é do ramo da pesca, limitou-se a dizer, negando que a dita cuja seja a sua empresa. O abobrão diz que foram os empresários que pediram para não terem o nome revelado antes do dia do evento.
O DIARINHO voltou a apertar o secretário pra ver se ele revelava o nome das boazinhas. Por fim, ele soltou que uma das firmas é a APM Terminals. Agnaldo diz que o que rolou foi uma parceria com o empresariado da city, que tá dando uma mãozinha na realização de eventos em Itajaí, como aconteceu durante a Jacques Vabre.
Agnaldo também diz que o foguetório vai rolar no Saco da Fazenda. A Marinha já autorizou, e a balsa com os fogos vai ficar ali. Será uma festa muito bonita, com gente no molhe e na Beira-Rio, afirma.
Observatório de férias
O presidente do observatório Social peixeiro, Paulo Sabatke Filho, nem tava sabendo do babado e alega que a ONG está em recesso até o dia 15 de janeiro. Estamos alheios a isso, confessa. Mesmo assim, Paulo jura de pés juntinhos que vai pedir pra prefa todos os esclarecimentos sobre os gastos realizados e a aquisição de materiais durante as férias do observatório, que começaram no dia 22 de dezembro.
Pro advogado especialista em direito administrativo, Natan Ben-Hur Braga, essa história está esquisita. Não existe essa de não querer ser conhecido; isto é, no mínimo, estranho, diz. Segundo Natan, a lei permite que a prefa receba o presentinho desde que tudo seja feito às claras, através de um instrumento de doação. Ele explica que é necessário abrir um processo administrativo pro recebimento desses bens e que as empresas doadoras têm que ter o nome divulgado pro povão saber tintim por tintim o que tá rolando nos bastidores. Como tudo no poder público, a não ser contratos sigilosos referentes a objetos de segurança nacional, como armas, por exemplo, todo o resto precisa ser público, lasca.
A reportagem tentou contato com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Luiz Carlos Pissetti, com o chefe da comunicação, Murilo José, e até com o prefeito Jandir Bellini (PP), mas ninguém atendeu o telefone ontem.