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De Olho no Fisco

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Advogada Tributarista. @lauraamadoadv nas redes sociais.

Quando o CPF do sócio paga a conta da empresa?


Quando o CPF do sócio paga a conta da empresa?
(foto: reprodução)

A regra de ouro do direito empresarial é a separação entre o patrimônio da pessoa jurídica e o do sócio. Mas há exceções importantes em que o sócio pode entrar na linha de frente da cobrança.

Entender essas hipóteses e adotar boas práticas de proteção patrimonial evita surpresas caras.

QUANDO O SÓCIO RESPONDE?

Primeiro, é muito importante esclarecer que deixar de pagar tributo, por si só, não gera responsabilização pessoal. É preciso conduta qualificada.

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Entender essas hipóteses e adotar boas práticas de proteção patrimonial evita surpresas caras.

QUANDO O SÓCIO RESPONDE?

Primeiro, é muito importante esclarecer que deixar de pagar tributo, por si só, não gera responsabilização pessoal. É preciso conduta qualificada.

Fechar a empresa sem dar baixa: Se a empresa “desaparece” do domicílio fiscal sem comunicar baixa aos órgãos competentes, presume-se dissolução irregular, permitindo redirecionar a execução fiscal ao sócio. Encerrar de verdade, não só apagar o Instagram da empresa. Ok?

Mistura patrimonial e abuso: Confusão de contas, pagamentos pessoais com dinheiro da PJ e caixa único podem fundamentar responsabilização.

Responsabilidade por retenções: Valores cobrados de terceiros e retidos (p. ex., INSS retido, IRRF, ISS retido) – reter e não recolher é uma conduta grave e pode levar à responsabilização do sócio.

Atos com excesso de poderes ou infração à lei, contrato ou estatuto: Administradores podem responder pessoalmente pelos tributos quando praticam atos ilícitos. Exemplos: emitir notas frias, simular operações, suprimir receitas, desviar recursos destinados ao pagamento de tributos.

DICAS PRÁTICAS PARA BLINDAR SEU CPF

1. Separação total de caixas. Organize, de verdade, as finanças: pró-labore e distribuição de lucros formalizados; nada de pagar contas pessoais com dinheiro da empresa. Se houver adiantamentos a sócios, registre como mútuo/antecipação, com documentação contábil.

2. Manter o cadastro e o domicílio fiscal atualizados: A regularidade cadastral é importante; se a empresa não for localizada o sócio pode responder. Mudou de endereço? Avise! Telepatia não é meio oficial de comunicação.

3. Em caso de encerramento, dar baixa formal (Junta, RFB, fiscos locais) e entregue as declarações finais para não caracterizar dissolução irregular. Evite encerrar se tiver dívidas pendentes. Lembre: só excluir o Insta profissional não é suficiente.

4. Priorize tributos retidos de terceiros: Valores descontados de clientes/fornecedores/empregados (ex.: retenções previdenciárias, IRRF, ISS retido, ICMS-ST) têm prioridade. Não brinque de banco com dinheiro alheio.

Em resumo, blindar licitamente o CPF não é “truque”, é gestão responsável. O mero não pagamento, por si só, não causa responsabilização pessoal, mas omissões, confusão patrimonial e fechamento sem baixa formal abrem a porta para o redirecionamento contra a pessoa física sócia.

Se você tem dúvidas ou experiências para compartilhar sobre esse tema, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos aqui para continuar esse diálogo e buscar soluções!


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