Secretária-geral da Alesc
Você sabia que, pela primeira vez na história, seis gerações convivem simultaneamente? Essa mudança sem precedentes já impacta famílias, economia, política e mercado de trabalho. O convite para participar recentemente do Festival Conecta, em São José, me fez refletir sobre esse novo tempo: a era da longevidade.
O Brasil, que por décadas se viu como um país jovem, hoje tem mais de 37 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, o planeta abrigará 2,1 bilhões de idosos. Essa revolução silenciosa é uma das maiores transformações sociais e econômicas do século 21. É conquista — vivemos mais e melhor —, mas também um desafio que exige ação urgente.
Estamos preparados para absorver trabalhadores experientes? Para oferecer cidades acessíveis e um sistema de saúde capaz de responder à pressão do envelhecimento populacional? A resposta ...
Você sabia que, pela primeira vez na história, seis gerações convivem simultaneamente? Essa mudança sem precedentes já impacta famílias, economia, política e mercado de trabalho. O convite para participar recentemente do Festival Conecta, em São José, me fez refletir sobre esse novo tempo: a era da longevidade.
O Brasil, que por décadas se viu como um país jovem, hoje tem mais de 37 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, o planeta abrigará 2,1 bilhões de idosos. Essa revolução silenciosa é uma das maiores transformações sociais e econômicas do século 21. É conquista — vivemos mais e melhor —, mas também um desafio que exige ação urgente.
Estamos preparados para absorver trabalhadores experientes? Para oferecer cidades acessíveis e um sistema de saúde capaz de responder à pressão do envelhecimento populacional? A resposta, infelizmente, ainda é não. Países como Japão e Alemanha já reformularam previdência, mobilidade urbana e políticas de inclusão. Aqui, o etarismo, preconceito contra a idade, ainda afasta milhões de pessoas da vida profissional, da política e até do convívio social.
Combater o etarismo significa reconhecer que experiência é ativo econômico e social. A chamada economia prateada já movimenta cerca de R$ 2 trilhões por ano no Brasil e impressionantes US$ 15 trilhões no mundo, abrangendo saúde, turismo, habitação, consumo, tecnologia e serviços. Mais que números, é dignidade: viver mais deve significar viver melhor.
Falar de envelhecimento é falar de todos nós. Precisamos de políticas que incluam educação continuada, inclusão digital, saúde preventiva e ambientes acessíveis. O futuro não é distante nem abstrato. O futuro já é prateado.