
Ideal Mente
Por Vanessa Tonnet - Vanessatonnet.psi@gmail.com
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Dependência emocional: quando o amor próprio precisa de socorro

Você já se sentiu ansioso(a), inseguro(a) ou com medo constante de perder alguém, mesmo quando a relação já não lhe fazia bem? Essa angústia, comum a muitas pessoas, pode ser um sinal de dependência emocional, um padrão disfuncional de vínculos afetivos em que o bem-estar pessoal fica totalmente atrelado ao outro.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), compreendemos a dependência emocional como o resultado de pensamentos e crenças negativas sobre si mesmo — como “eu não sou suficiente” ou “não vou conseguir ser feliz sozinho(a)” — que moldam comportamentos de submissão, ciúmes excessivos e dificuldade em dizer “não”. Essas crenças, muitas vezes originadas na infância ou em experiências anteriores de rejeição e abandono, passam a guiar as relações adultas, tornando-as dolorosas e desequilibradas.
A dependência emocional não é apenas “amar demais”. É abrir mão de si para manter o outro por perto, mesmo quando isso custa paz, autoestima e saúde mental. Frequentemente, quem vive esse padrão se culpa por não conseguir “sair” da relação, o que alimenta ainda mais a sensação de impotência e vergonha.
A boa notícia é que esse ciclo pode ser quebrado. A TCC oferece estratégias práticas e eficazes para identificar os pensamentos distorcidos, fortalecer a autoestima e desenvolver autonomia emocional. Com o acompanhamento psicológico, é possível aprender a construir relações mais saudáveis, baseadas em equilíbrio, respeito e reciprocidade — começando, antes de tudo, pelo relacionamento consigo mesmo(a).
Muitas vezes, quem está preso em uma relação de dependência emocional tem dificuldade em reconhecer seus próprios limites e necessidades. A pessoa acaba se anulando em nome do relacionamento, acreditando que precisa se sacrificar para ser amada. Isso pode gerar um ciclo de frustração, ressentimento e perda da própria identidade. A TCC ajuda o paciente a identificar esses padrões e a reconstruir uma visão mais equilibrada de si mesmo, compreendendo que é possível amar sem se abandonar.
Além do trabalho com os pensamentos disfuncionais, a terapia também foca no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como assertividade, autocompaixão e tomada de decisões saudáveis. Aprender a dizer “não”, respeitar seus próprios limites e expressar sentimentos de forma clara são passos importantes para quem deseja se libertar da dependência emocional e cultivar relações mais saudáveis e genuínas — onde o amor não vem do medo, mas da escolha.
Reconhecer a dependência emocional é um ato de coragem. Buscar ajuda é um gesto de amor-próprio.
Se você se identificou com este tema ou conhece alguém que esteja passando por isso, estou disponível para acolher, escutar e trabalharmos juntos(as) em direção a uma vida emocional mais leve e autônoma.
Atendo com abordagem em Terapia Cognitivo-Comportamental, de forma online para todo o Brasil.