No mundo organizacional contemporâneo, observa-se uma inversão de valores preocupante: especialistas altamente qualificados, com anos de estudo e experiência, estão sendo substituídos por uma nova geração de “gurus” e coaches motivacionais. A profundidade do conhecimento cede espaço a discursos inspiracionais, muitas vezes vazios de embasamento científico. Antes, os mestres e professores dedicavam décadas à pesquisa, contribuindo para o avanço das ciências organizacionais. Hoje, muitos profissionais preferem atalhos, receitas prontas e métodos milagrosos que prometem resultados rápidos, mas sem sustentação a longo prazo.

A dedicação ao aprendizado contínuo e ao pensamento crítico é cada vez mais rara. Em vez de se aprofundar em teorias sólidas e testadas, busca-se o que é mais fácil de absorver e aplicar de imediato. Estratégias de curto prazo dominam a gestão empresarial, deixando de lado o planejamento estratégico e a inovação baseada em evidências. Empresas correm o risco de perder competitividade ao se basearem em modismos passageiros, em vez de investir na construção de conhecimento sólido e sustentável.

Peter Drucker dizia: “O conhecimento tem de ser melhorado, desafiado e aumentado constantemente, ou ele desaparece”. O que vemos hoje, porém, é o enfraquecimento da cultura do estudo e do pensamento crítico. Estamos realmente formando líderes capazes ou apenas bons palestrantes? Precisamos resgatar o valor do conhecimento profundo e da experiência real, pois resultados duradouros exigem mais do que frases motivacionais – exigem competência, pesquisa e dedicação. Pense nisso e melhore sempre!