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Coluna Exitus na Política

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Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

O que há contra as palavras a ler?


Por que há tanta dificuldade de se preparar leitores? O que há contra as palavras que estão disponíveis para serem lidas? As palavras não assustam, não respiram, não suam, não têm temperatura... Anverso: as palavras escritas estão vivas e dão vida! As telas, forradas por imagens, luzes, encadeamento de atos prontos, tudo pronto, são muito mais atrativas do que a leitura. Palavras num papel não são muito sedutoras. Ler um livro parece ser menos fascinante do que acompanhar um vídeo nas redes sociais.

Ver é um fenômeno que já está programado no cérebro e se produz como um ato rápido. “Passar os olhos” é suficiente para se posicionar. A visão, a audição e a linguagem oral já estão agendadas na genética, fazem parte da estrutura neurológica. Processar argumentos abstratos, elaborar análises e posicionar as escolhas em fundamentos é muito mais trabalhoso do que ver um vídeo, e são habilidades a serem construídas durante a vida.

O “passar os olhos” sobre o mundo que nos rodeia, fazer constatações rápidas, consultar textos ligeiros com leituras aceleradas, provocam condições sociais que dificultam a empatia, o relacionamento ...

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Ver é um fenômeno que já está programado no cérebro e se produz como um ato rápido. “Passar os olhos” é suficiente para se posicionar. A visão, a audição e a linguagem oral já estão agendadas na genética, fazem parte da estrutura neurológica. Processar argumentos abstratos, elaborar análises e posicionar as escolhas em fundamentos é muito mais trabalhoso do que ver um vídeo, e são habilidades a serem construídas durante a vida.

O “passar os olhos” sobre o mundo que nos rodeia, fazer constatações rápidas, consultar textos ligeiros com leituras aceleradas, provocam condições sociais que dificultam a empatia, o relacionamento equilibrado, boas condutas em relação ao mundo. Com o “isolamento” social, com os obstáculos que não permitem ver além do muro alto do imediato e superficial, estamos gerando cada vez mais “atrofias” aos relacionamentos sociais.

Sem a leitura mais intensa sobre as coisas, criamos impedimentos para se compreender os sentimentos e pensamentos dos outros, especialmente daqueles com os divergentes. E não conseguimos entender ambientes sociais mais complexos porque não podem ser reduzidos a “passar os olhos”. As palavras dispostas nos livros não atraem porque estão fisicamente estáticas, indissolúveis em imagens que “se explicam”. Na leitura as imagens precisam ser criadas no cérebro e não na tela diante de você. Isso é trabalhoso!

O encanto dos livros está em se construir nos jovens e nas crianças o hábito de ler como viver uma aventura. O sistema trabalhoso de se criar a imagem, o desenvolvimento e encadeamento das coisas que as palavras expressam, e de todos os cenários que as envolvem, é algo fascinante e delicioso. Os livros, instrumentos de hábitos de leitura, não isolam, não distanciam, não encarceram. Exatamente o contrário: são fornecedores de posturas e de capacidade de se entender o pensamento e o sentimento dos outros – empatia! As palavras lidas, exercem em você, o autoisolamento frente ao mundo e aos outros. Os livros exorcizam o egoísmo e o autoritarismo, bombas e atentados, delírios e obsessões, gritarias e violência. E aumenta, incrivelmente, a capacidade de escutar e auscultar.

As escolas, meios de criação de hábitos neurológicos, e estruturas de política de desenvolvimento humano, são o cantinho do mundo para promover “pessoas saudáveis” com o cultivo da leitura. Ler não é apenas uma forma de obter conhecimento, alimentar a sabedoria, impulsionar a empatia, melhorar a linguagem: é uma maneira de criar dentro do cérebro uma fórmula segundo a qual a vida que temos tem a ver, a ouvir e depois falar, com os outros e com o ambiente no qual vivemos. Como dizia um irmão de vida pelo qual nutro saudades: “a leitura salva!”


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