Vencedor de quatro estatuetas no Oscar de 2024, que incluíram desde categorias técnicas a premiação de Melhor Atriz pelo trabalho de Emma Stone, o filme “Pobres Criaturas” já está disponível no Star+, mesmo ainda estando em cartaz em alguns cinemas do Brasil. O longa é baseado no livro de mesmo nome de Alasdair Gray, lançado em 1992, e tem uma premissa um tanto parecida com o clássico “Frankenstein”, criado há pouco mais de 200 anos pela britânica Mary Shelley e tema de diversas adaptações e releituras. Com o objetivo de ser um filme que despertasse um sentimento de esquisitice, “Pobres Criaturas” é uma divertida história sobre descobertas.

Ambientada na Era Vitoriana, período de 1830 a 1890, a trama tem como protagonista a personagem Bella Baxter (Stone), uma mulher trazida de volta à vida pelo cientista pouco ortodoxo Ed Guiney (Andrew Lowe). Apesar de ter o corpo de uma mulher, Bella possui o cérebro de uma criança, no caso, o filho que estava na sua barriga quando a mulher cometeu suicídio. Por conta disso, a personagem precisa aprender uma série de coisas básicas, como andar e falar. Quanto mais Bella aprende sobre a vida, mais ela quer descobrir e, sobre a proteção de seu criador, a personagem percebe que essas experiências seriam limitadas.

Ao longo da história, Bella acaba sendo seduzida pelo advogado mulherengo Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), ao mesmo tempo em que está prometida em casamento ao seu cuidador Max McCandless (Ramy Youssef). Bella e o advogado partem em uma aventura pela Europa, onde a personagem vai embarcar em sua própria jornada de autodescoberta intelectual e sexual. Sem ter passado por todas as fases antes de chegar na vida adulta, Bella não vê sentido nas normas impostas nas mulheres pela sociedade e coloca a sua liberdade acima de tudo, inclusive do passado que seu corpo viveu.