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Depressão e Terapia: Reconhecendo a Dor


Depressão e Terapia: Reconhecendo a Dor

Na experiência do luto e da dor, a busca por consolo muitas vezes começa com o reconhecimento da própria dor. Ao enfrentar tragédias pessoais, como a perda de entes queridos ou um divórcio, diagnóstico de uma doença grave, nós como indivíduos frequentemente nos vemos inundados por tentativas de consolação, muitas vezes inadequadas.

Essas tentativas, chamadas de “reavaliações” pela psicologia, podem surgir como uma forma de minimizar o sofrimento, oferecendo justificativas otimistas ou tentativas de encontrar um lado positivo na adversidade.

No entanto, para aqueles que estão num sofrimento intenso e agudo (recente, por exemplo, de uma perda) essas intervenções podem parecer quase insuportáveis.

Em vez de reconhecer a dor e o trauma, as palavras de consolo muitas vezes deixam uma sensação de desdém, deixando o sofredor ainda mais isolado em sua dor.

É aqui que entram os especialistas em perdas e luto, como os psicólogos treinados para lidar com situações de calamidade, por exemplo. Em vez de tentar suavizar imediatamente a dor, esses profissionais entendem a importância de reconhecer e validar o sofrimento do momento atual do indivíduo. Uma pesquisa recente no campo da neurociência também oferece insights valiosos, mostrando que pessoas com depressão têm dificuldade em reavaliar situações negativas, o que pode agravar ainda mais seu sofrimento.

Portanto, ao enfrentar a dor e o sofrimento, é fundamental que amigos, familiares e profissionais ofereçam apoio emocional genuíno, acolhedor, sem julgamento, reconhecendo a profundidade da perda e da dor do indivíduo naquele momento. Somente então, após esse reconhecimento, é possível começar a explorar maneiras de lidar com o sofrimento e encontrar caminhos para a “cura”.

A psicoterapia também tem implicações importantes no tratamento da depressão, especialmente no que diz respeito à administração de medicação antidepressiva. O entendimento dessa dinâmica pode ajudar a evitar efeitos paradoxais e garantir que o tratamento seja eficaz e compassivo, juntamente com o acompanhamento de psiquiatra, permitindo assim que os pacientes enfrentem sua dor sem minimizações ou reavaliações precipitadas.


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