Colunas


Público e privado


O mundo das pessoas poderia ser pensado sob a tutela do utilitarismo. Este briga com formações emocionais e sistemas que orientam os comportamentos. O utilitarismo se reveste da ideia de que as pessoas agem e sentem de acordo com seus próprios interesses e considera que cada um age de modo racional. Cada indivíduo se move em sociedade porque saberia, racionalmente, o que faz. Daqui surge a defesa de liberdade de expressão, por exemplo. E ao se perseguir o autointeresse o benefício das disputas resultaria em benefício para todos. Fundamento do liberalismo político [Adam Smith, David Hartley, Jeremy Bentham].

No confronto entre interesses e formação psicológica [emocionais] haveria algumas distorções entre bem coletivo e prazer individual. O prazer individual não resultaria, por necessidade de resultado, em coisas boas para todos. O Bem é uma constatação idealizada e não se converte em coisas boas para todos. Ainda, os sistemas que orientam os comportamentos são formas de manter sob controle as pretensões mais egoístas de cada membro da sociedade. Religião, educação, mercado, segurança, saúde, ciência são sistemas que passam a informar as condições segundo as quais as pessoas podem se mover em parâmetros coletivos. A liberdade tem condicionantes.

Nisso tudo, os interesses privados estarão sempre e condicionados aos arranjos de parâmetros do que é público e coletivo. Os interesses individuais estão em permanente luta com a forma de viver coletiva e pública dos seres humanos. A liberdade tem condicionantes. Desse modo, quando alguém vai a uma agência pública [prefeituras, câmaras de vereadores] carrega durante todo o tempo suas próprias necessidades, ainda que seja em nome da legitimação pública e coletiva. Somente poderá ser atendido de acordo com a legislação pública.

O interesse público, de todas as formas e em condições de justiça social, somente poderá ser encaminhado pelo coletivo. Viver em sociedade é, necessariamente, renunciar a sua liberdade ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

No confronto entre interesses e formação psicológica [emocionais] haveria algumas distorções entre bem coletivo e prazer individual. O prazer individual não resultaria, por necessidade de resultado, em coisas boas para todos. O Bem é uma constatação idealizada e não se converte em coisas boas para todos. Ainda, os sistemas que orientam os comportamentos são formas de manter sob controle as pretensões mais egoístas de cada membro da sociedade. Religião, educação, mercado, segurança, saúde, ciência são sistemas que passam a informar as condições segundo as quais as pessoas podem se mover em parâmetros coletivos. A liberdade tem condicionantes.

Nisso tudo, os interesses privados estarão sempre e condicionados aos arranjos de parâmetros do que é público e coletivo. Os interesses individuais estão em permanente luta com a forma de viver coletiva e pública dos seres humanos. A liberdade tem condicionantes. Desse modo, quando alguém vai a uma agência pública [prefeituras, câmaras de vereadores] carrega durante todo o tempo suas próprias necessidades, ainda que seja em nome da legitimação pública e coletiva. Somente poderá ser atendido de acordo com a legislação pública.

O interesse público, de todas as formas e em condições de justiça social, somente poderá ser encaminhado pelo coletivo. Viver em sociedade é, necessariamente, renunciar a sua liberdade original dos desejos mais egoístas. Por muitas e muitas vezes, as tentativas de se dominar os outros pelo interesse individual acaba em frustração pessoal e culpabilização dos outros. Meu interesse passa a ser o germe [germinal] de minha conduta e a fonte de meus próprios conflitos. Não adianta gritar posto que o coletivo não escuta gritos, embora o condene.

Ao se submeter às condições de vida coletiva por sistemas voltados à generalidade do  público, ao se renunciar ao que se deseja para se integrar à vida entre muitos, o indivíduo inicia a conversão de ter que reconhecer os outros ou de combater, em guerra incessante, suas próprias frustrações e infortúnios egoístas de viver em coletividade.

Em uma prefeitura o primeiro embate se dá nestas condições. Qualquer necessidade é um problema do indivíduo que a carrega até as agências de controle público para soluções. As soluções somente poderão ser encaminhadas pela condição pública. O que serve para solução de um tem que servir para solução de todos. Mas o indivíduo está interessado em resolver seu problema individual, não o coletivo. O gestor somente poderá encaminhar os interesses de forma coletiva, e nunca individual. Este confronto se perpetuará quando se evita privilégios.

Eis porque se afirmar que a lei deve ser cega e caminhar pela generalidade de todos e nunca do um.


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

No réveillon, você é do time que…



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Três meses após sanção da Lei Felca pais não sabem proteger filhos na web

Controle parental

Três meses após sanção da Lei Felca pais não sabem proteger filhos na web

Empresas de festas visam adolescentes e marketing predatório aposta até em porta de escola

NA PORTA DA ESCOLA

Empresas de festas visam adolescentes e marketing predatório aposta até em porta de escola

Lula encomenda proposta para reduzir dependência de combustíveis fósseis no Brasil

COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Lula encomenda proposta para reduzir dependência de combustíveis fósseis no Brasil

Novo licenciamento ambiental é desregulação e pode chegar ao STF, diz presidente do Ibama

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Novo licenciamento ambiental é desregulação e pode chegar ao STF, diz presidente do Ibama

"Tudo desemboca na CVM, que não tem feito seu trabalho”, diz advogada

Banco Master

"Tudo desemboca na CVM, que não tem feito seu trabalho”, diz advogada



Colunistas

SC é o primeiro estado do Brasil a proibir Halloween nas escolas

Charge do Dia

SC é o primeiro estado do Brasil a proibir Halloween nas escolas

Missão de SC embarca para a China

Coluna Acontece SC

Missão de SC embarca para a China

Coluna Esplanada

A OAB vigia

O farol cinematográfico de Cabeçudas

Clique diário

O farol cinematográfico de Cabeçudas

Coluna Exitus na Política

Espírito de propinas: desesperanças e revoltas




Blogs

Zambelli sai pela porta lateral

Blog do JC

Zambelli sai pela porta lateral

  Há sol atrás do temporal: a canção de Itajaí que abraça o Brasil

VersoLuz

  Há sol atrás do temporal: a canção de Itajaí que abraça o Brasil

Como Fortalecer o Sistema Imunológico no Verão

Espaço Saúde

Como Fortalecer o Sistema Imunológico no Verão

Agenda do mês de dezembro/2025

Blog do Magru

Agenda do mês de dezembro/2025






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.