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Por Vanessa Tonnet - Vanessatonnet.psi@gmail.com

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Mãe, quero Ritalina!


Mãe, quero Ritalina!
(foto: FREEPIK JCOMP)

Lançada na década de 50, a Ritalina, nome comercial do metilfenidato, vem sendo cada vez mais prescrita para crianças e adolescentes com diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Uma pesquisa feita pela UERJ indica que a comercialização desse medicamento cresceu 775% em 10 anos. Serão as crianças que estão cada vez mais doentes?

O TDAH tem também bases orgânicas, portanto em alguns casos a medicação é viável. O metilfenidato atua nos neurotransmissores cerebrais, mais especificamente na dopamina, fazendo com que o indivíduo consiga concentrar-se em alguma tarefa por mais tempo, daí a (falsa) fama desse medicamento ser chamado de “droga da inteligência”.

Pessoas com TDAH têm dificuldade em se concentrar em algo por muito tempo, parecem mais dispersas e agitadas, então a Ritalina viria para amenizar essa situação. A questão a ser considerada é que nem todas as pessoas com esse diagnóstico precisam do remédio. Aspectos ambientais e sociais devem ser considerados ao analisar se o indivíduo é naturalmente mais agitado ou disperso ou se age dessa maneira apenas em determinadas situações. Outra questão considerada é o fato de crianças e adolescentes estarem em fase de desenvolvimento, portanto espera-se uma agitação e impulsividade maior por parte deles.

Ao contrário do que se acredita, a Ritalina não é uma cura para o TDAH. Ela apenas ameniza alguns sintomas, mas não descarta a necessidade de acompanhamento psicológico. A pessoa precisa entender seu próprio funcionamento e aprender a agir dentro das suas limitações. O metilfenidato não deixa de ser uma droga, e assim como qualquer outra, pode causar dependência e tolerância ao longo dos anos. Ele pode ter um efeito bastante benéfico a curto prazo, mas a médio e longo prazo é insuficiente para as necessidades de autocontrole, capacidade de organização e planejamento, capacidade de relacionar-se e equilíbrio emocional.

Portanto, não adianta medicar seu filho e esperar que ele mude seu padrão comportamental. Mais do que apegar-se à quantidade de sintomas que seu filho apresenta do transtorno, é essencial considerar o grau de prejuízo que tais sintomas têm na vida da pessoa. Uma criança pode ser extremamente agitada, porém muito inteligente. Um indivíduo pode ser disperso e conseguir focar-se em um mesmo filme por duas horas. É importante observar as potencialidades além dos sintomas do TDAH para que se possa intervir de maneira precisa e duradoura no comportamento, não apenas a “doses milagrosas” de um medicamento.


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