O torcedor que foi ao Gigantão das Avenidas no último sábado certamente deixou o estádio decepcionado com a atuação fraquíssima do Marcílio Dias diante do Carlos Renaux. Em seu primeiro jogo em casa na Copa Santa Catarina, o Marinheiro teve que correr atrás do placar duas vezes e contou com um gol no último lance para empatar em 2 a 2 e escapar de uma sonora vaia na saída de campo. Os protestos não vieram da arquibancada graças ao gol final, mas ele não apaga a partida desorganizada que o Marcílio fez em campo. É compreensível que esse é um novo time que Jorginho ainda está formando, mas há muita coisa que precisa ser corrigida com urgência. Enquanto o Carlos Renaux foi um time organizado, que mesmo com limitações técnicas conseguiu segurar o Marcílio pelo esquema tático, o Rubro-anil por sua vez parecia totalmente perdido em campo, restando apenas as jogadas pela direita com o lateral Victor Guilherme para que algo de positivo acontecesse no setor ofensivo. Os gols sofridos foram de duas falhas defensivas de dois jogadores que começaram decepcionando com a camisa marcilista, Cesinha e Alison. Se eles não estão na melhor forma física e técnica, Jorginho precisa rever seus lugares na equipe. A saída de bola da equipe é lenta e o ataque também tem muitas dificuldades de criação. Nando é outro que até agora não justificou sua contratação, enquanto Jean Dias foi prejudicado pelo esquema, sendo colocado na ponta esquerda. Se Jean é um dos melhores jogadores da equipe junto com Victor Guilherme, deixar eles em lados opostos é abrir mão de uma arma que pode se tornar ainda mais poderosa no ataque da equipe. Jean não produz porque não tem boas opções ao lado na esquerda, enquanto Victor Guilherme depende muito da sua individualidade, já que Nando também não produz coletivamente.

Voto de confiança

Apesar de dois empates nas duas primeiras rodadas, o Marcílio Dias tem um jogo difícil nessa quarta-feira contra o Hercílio Luz, em Itajaí. O Marinheiro ainda é um time em formação e tem tempo para corrigir seus erros, inclusive na montagem de elenco, como não ter um atacante canhoto à disposição de Jorginho. O momento é de um voto de confiança no grupo, e que o empate, que por pouco não foi uma derrota, acenda uma luz de alerta de que é preciso fazer diferente nessa quarta-feira, seja na escalação, seja na atitude dos atletas em campo.