Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, existe um jornal único no mundo: “O Boca”. Feito por moradores de rua da cidade que atuam como jornalistas, o veículo está em circulação há 18 anos, sempre denunciando injustiças sociais e preconceitos, além de abordar outras temáticas, como a violência urbana, o uso de drogas e a precarização do sistema público de saúde. Tal iniciativa é tão singular que inspirou o documentário realizado por Charlotte Dafol – “De Olhos Abertos”, que foi filmado em 2019.

O longa estreia nas plataformas de streaming (YouTube, Vimeo, Silfix e Bombozilla) no dia 5 de maio, porém ele já participou anteriormente de 25 festivais em 10 países diferentes, tendo recebido o prêmio do júri popular do Festival de Cinema da Fronteira (Brasil) e o de melhor documentário pelo Festival Inffinito, realizado nos Estados Unidos. Todas as filmagens foram realizadas em Porto Alegre pela própria diretora, com ajuda de Annekatrin Hahlke e de alguns voluntários no set. Além disso, a trilha sonora possui diversas composições originais de Rafael Sarmento, Marcelo Cougo e Paulo Bettanzos.

O longa estreia nas plataformas de streaming (YouTube, Vimeo, Silfix e Bombozilla) no dia 5 de maio, porém ele já participou anteriormente de 25 festivais em 10 países diferentes, tendo recebido o prêmio do júri popular do Festival de Cinema da Fronteira (Brasil) e o de melhor documentário pelo Festival Inffinito, realizado nos Estados Unidos. Todas as filmagens foram realizadas em Porto Alegre pela própria diretora, com ajuda de Annekatrin Hahlke e de alguns voluntários no set. Além disso, a trilha sonora possui diversas composições originais de Rafael Sarmento, Marcelo Cougo e Paulo Bettanzos.

“De Olhos Abertos” traz várias entrevistas com as pessoas que fazem e consomem o jornal trimestral, podendo ser descrito como um documentário-vivência. Além disso, o longa pretende construir uma imagem mais plural da capital gaúcha, mostrando as paisagens do seu centro histórico e de sua cidade baixa, mas pela ótica daqueles que as vivenciam como local de moradia. Sendo assim, a obra dá voz para uma parcela significativa da população que é constantemente invisibilizada e oprimida, tanto pela sociedade em geral quanto pelo poder público. Justamente por expor essa realidade e obrigar o espectador a mudar sua perspectiva sobre as coisas é que o documentário se mostra, ao mesmo tempo, importante e cativante.