Colunas


Política da psicose


Vivemos dias estranhos! Caminhamos na alvorada de um processo civilizatório das redes sociais nas quais o mundo não precisa ser real nem contínuo. Um celeiro no qual pode-se falar aos outros [outro generalizado e irreconhecível, apenas influenciável] sem a necessidade do diálogo, numa conversa in-comum para dois; uma aldeia que, como ratos de laboratório, a versão da vida se dá por estímulo [postagens] e reação. Esta última é monitorada para se avaliar se o estímulo foi assertivo, adequado, métrico.

Parece que vivemos num mundo de psicóticos, com a perda completa do contato com a realidade. Caminhamos nossas vidas com transtornos psicológicos, sob a partilha da esquizofrenia. Um bolo de aniversário recheado de alucinações [percepção alterada de um objeto presente], de delírios [distúrbio de julgamento devido a alteração da consciência sobre a realidade], confusão mental...

Parece que o exercício é o da mentira, mas não. Nesta aldeia de transtornos mentais os indivíduos perdem a noção da realidade, ainda que todas as evidências concretas se coloquem contra as suas ideias e julgamentos. Há, como uma série de pânico e terror, a amnésia sobre o que seja real. Neste mundo, as controvérsias irreais ganham tons de debates [terra plana, vacinas, comunismo e conservadorismo, esquerda e direita...]. Na psicose, não são os fatos que informam a compreensão e a interpretação, mas ao contrário. O indivíduo, como parte de seu afastamento da realidade, não reconhece seus delírios, alucinações, distorções.

A criação de um mundo especial e próprio, distante dos fatos que cercam os indivíduos, faz derivar um amontoado de mentiras que, pela forma e convicção como é relatada, parecem mesmo poder ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Parece que vivemos num mundo de psicóticos, com a perda completa do contato com a realidade. Caminhamos nossas vidas com transtornos psicológicos, sob a partilha da esquizofrenia. Um bolo de aniversário recheado de alucinações [percepção alterada de um objeto presente], de delírios [distúrbio de julgamento devido a alteração da consciência sobre a realidade], confusão mental...

Parece que o exercício é o da mentira, mas não. Nesta aldeia de transtornos mentais os indivíduos perdem a noção da realidade, ainda que todas as evidências concretas se coloquem contra as suas ideias e julgamentos. Há, como uma série de pânico e terror, a amnésia sobre o que seja real. Neste mundo, as controvérsias irreais ganham tons de debates [terra plana, vacinas, comunismo e conservadorismo, esquerda e direita...]. Na psicose, não são os fatos que informam a compreensão e a interpretação, mas ao contrário. O indivíduo, como parte de seu afastamento da realidade, não reconhece seus delírios, alucinações, distorções.

A criação de um mundo especial e próprio, distante dos fatos que cercam os indivíduos, faz derivar um amontoado de mentiras que, pela forma e convicção como é relatada, parecem mesmo poder existir. Nos tempos atuais, as Fakenews são parte das compulsões deliberadas, carregadas de insanidades, da disposição de um mundo a ser revelado por psicanalistas.

Ainda que flagrados com as impropriedades de suas ações, os imperiosos políticos governamentais tentam justificar sua conduta como aceitáveis, ao apelo de um verbo, e a despeito de gravações, testemunhas, pedidos de propina. Criam marcas a serem aplacadas na carne dos outros [outro generalizado e irreconhecível, apenas influenciável] ao falar mil vezes que ali não há corrupção de ato, de ética, do desvio de conduta ou de dinheiro. No dia a dia, a política dos governantes clama suas virtudes diante da realidade que lhes apavora. Se a realidade desautoriza, então melhor se afastar do mundo de verdade e criar, por alucinação e delírio, seu próprio passo.

A Política da Psicose é uma patologia num mundo cuja vida é virtual e movimentada em redes sociais. Mesmo diante do outro físico, olho no olho, quase tudo é virtual e psicótico, alucinante, entorpecido, delirante. E se a vontade não é aceita, vem a agressão, a difamação, a desonra.

A Política da Psicose é um tratado lógico sobre o injustificável, sobre o desvio da realidade que reina sob a sensação da profundidade cosmológica em que tudo está suspenso. Nesta aldeia não se precisa mais estar bem, mas estar sempre certo! Vivemos dias estranhos à realidade!


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

A Câmara de Itajaí deve ter mais vereadores?



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

STF rejeita marco temporal, mas lei segue com riscos a direitos indígenas

Vitória parcial

STF rejeita marco temporal, mas lei segue com riscos a direitos indígenas

Júlio Lancellotti é calado nas redes enquanto padres conservadores discursam para milhões

IGREJA CATÓLICA

Júlio Lancellotti é calado nas redes enquanto padres conservadores discursam para milhões

Governo consegue aprovar Plano Clima após diluir responsabilidade do agro

PLANO CLIMA

Governo consegue aprovar Plano Clima após diluir responsabilidade do agro

Três meses após sanção da Lei Felca pais não sabem proteger filhos na web

Controle parental

Três meses após sanção da Lei Felca pais não sabem proteger filhos na web

Empresas de festas visam adolescentes e marketing predatório aposta até em porta de escola

NA PORTA DA ESCOLA

Empresas de festas visam adolescentes e marketing predatório aposta até em porta de escola



Colunistas

TCE/SC define prazo sobre emendas parlamentares

Coluna Acontece SC

TCE/SC define prazo sobre emendas parlamentares

Cheiro insuportável em Cordeiros

Charge do Dia

Cheiro insuportável em Cordeiros

Natureza abundante

Clique diário

Natureza abundante

Coluna Esplanada

Tristeza.jus

Coluna Exitus na Política

Mesmo que não seja muito, nós queremos mais




Blogs

A Vida é Breve: O sussurro do tempo e a urgência de amar

VersoLuz

A Vida é Breve: O sussurro do tempo e a urgência de amar

Os dois pés na jaca da polarização: a polêmica da campanha das Havaianas

Blog do JC

Os dois pés na jaca da polarização: a polêmica da campanha das Havaianas

Câmara em destaque

Blog do Magru

Câmara em destaque

Tem falta de testosterona!?

Blog da Ale Françoise

Tem falta de testosterona!?

A demagogia do “cuidado” e o medo disfarçado de virtude

Espaço Saúde

A demagogia do “cuidado” e o medo disfarçado de virtude






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.