Em setembro de 2009, a DC Comics, conhecida por seus quadrinhos do Batman e Super Homem, lançou uma história diferente, escrita e ilustrada por Jeff Lemire, que se afastou do universo heróico para, com a catástrofe, abordar sutilmente temas como a violência e a intolerância. Trata-se de “Sweet Tooth” (ou “Dente Doce”, em uma tradução literal), uma HQ de 40 edições que, no dia 4 de junho, estreia na Netflix no formato de série.

A história se passa 10 anos após um vírus mortal se propagar pela Terra e alterar completamente a formação da sociedade. Apesar desse apocalipse retratado parecer muito com a realidade atual da pandemia do coronavírus, uma grande diferença é que, em paralelo ao desastre, crianças humanas passaram a nascer com algumas características físicas de animais, fruto de uma mutação genética inexplicável mas que os protegia da doença. Conhecidos como híbridos, eles foram responsabilizados pelo vírus e perseguidos por movimentos reacionários chamado de “Últimos Homens”, o que levou o pai de Gus (Will Forte) a construir um abrigo isolado da sociedade para proteger o filho (Christian Convery), um menino com material genético de cervo.

Após uma década isolado, Gus é forçado a viver sozinho após o pai morrer ao protegê-lo durante uma invasão de extremistas. Assim, o menino decide embarcar numa jornada até o Colorado, onde acredita existir um lugar seguro para híbridos. No entanto, Gus passou a vida blindado dos perigos do mundo e, de cara, é atacado por um grupo de caçadores, dos quais só consegue se livrar com a ajuda de Jepperd (Nonso Anozie), um nômade solitário que, a contragosto, deixa o menino acompanhá-lo. De início, as motivações de Jepperd são desconhecidas. Com o passar do tempo, uma grande amizade surge entre os dois e eles passam a conhecer outras figuras que lhes trazem um sentimento de que, talvez, a Humanidade não esteja fadada a acabar.