
JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Ambição



Ser governador é a maior ambição política da Santa & Bela Catarina. Um estado com representação pequena no Congresso, numa região que não é unida como pelas bandas do nordeste, purexemplo, com quase nenhuma possibilidade de fazer um presidente, ou mesmo um ministro numa pasta importante. Por isso, ser governador, é o máximo. Dificílimo chegar lá, quase destino.
Caiu
E não é que caiu no colo do bombeiro Carlos Moisés (PSL), que se candidatou de última hora e se elegeu na onda Bolsonaro? E como Moisés reagiu a esse presente, poucos meses depois de assumir o governo? Dizendo que ajudou Bolsonaro a se eleger. Pára, né! Com isso, arrumou encrenca com o próprio partido. E das grossas. Arrumou encrenca com o clã Bolsonaro.
Cagou geral
Só se governa com maioria no legislativo, ou, pelo menos, com bom relacionamento com deputados, vereadores, senadores, seja qual for a esfera. O que Moisés fez? Cagou pra Assembleia Legislativa. Cagou para os prefeitos. Cagou pra todo mundo. Se entocou. Não dava entrevistas. Não falava com a imprensa. Fazia lives. Talvez tenha pensado que essa era a forma de fazer a nova política: não fazendo política.
Idiotice
Na verdade, política é para políticos. Essa ideia de levar para cargos políticos gente “não política” é uma baboseira, idiotice das brabas. Demonizar os políticos é fácil, e aproveitadores vão nessa vibe pra tentar se eleger. Política é relacionamento. Política tem que ser exercida entre os poderes funcionando. Maiorias tem que ser reunidas ao redor de um projeto republicano. Simples assim. O beabá.
Velho
Se bizolharmos com atenção, veremos que os que se elegem com a promessa de fazer diferente, de fazer a “nova política”, acabam fazendo o velho, do velho, do velho. Além de não saber nada de administração pública, e achar que sabem tudo, ainda por cima não conhecem o funcionamento da máquina e a dinâmica administrativa de prestação de contas de todos os seus atos, obrigatoriedade de qualquer governo.
Aventuras
Por isso se metem a fazer merda, em aventuras como hospitais de campanha com preços absurdos, que prometem uma imagem de novidade, quando os hospitais já existentes, que travam diariamente a árdua missão de cuidar da saúde do povo, ficam esquecidos e sem um puta tostão. Mais fácil inventar tudo de novo do que administrar o que já existe. Comprar respirador fajuto e pagar adiantado.
Política de sempre
E essas colocações, na modesta opinião desse pançudo escriba, é que pesam no impeachment tanto do nosso governador Carlos Moisés, quanto do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). Impeachment é uma decisão política.
De sempre
Decisão política e pouco importa os motivos que arrumam como justificativa. Collor caiu por causa de uma Elba. Dilma por pedalada. Cai-se por qualquer coisa quando se perde o apoio político. E essa não é a velha e nem a nova política: é a política de sempre.
Julgamento político
Mas, cá entre nós, tenho minhas dúvidas ainda se o impeachment de Moisés progredirá diante do tribunal misto, composto por cinco deputados e cinco desembargadores, onde é preciso oito dos 10 votos para o governador ser afastado. De cabeça de deputado sabe-se o que sai: julgamento político. De cabeça de juiz, nunca se sabe. O futuro dirá. Um futuro que tem o prazo de 15 dias.
Visita
O pré-candidato a vereador na Dubai brasileira, Kaká Fernandes (Podemos), que esteve esta semana nos Ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente, em Brasília, também passou pela secretaria especial de Cultura e esteve na choupana deste humilde escriba, ontem.
Parque
Kaká garantiu que tem feito das tripas coração para estar lá e cá e ficou todo prosa pelo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ter aceito o convite para vir até Balneário Camboriú conhecer o projeto para tornar a praia de Taquarinhas um parque ecológico.
Relacionamento
Kaká afirmou para este humilde escriba que o deputado Federal, Daniel Freitas, tem aberto as portas do seu gabinete para atender as demandas da Dubai, onde já destinou 600 mil reais em emendas parlamentares para o combate ao maledito covid-19.
Trâmite
Kaká também tá na lida de projetos na área do esportes, como um parque de skate com potencial para abrigar eventos esportivos internacionais. Daniel tem bom trâmite no governo e com o presidente Jair Bolsonaro.
Candidatura
O PSL da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, Camboriú, oficializou essa semana o nome da galega entisicada Jane Stefenn (PSL) como candidata à prefeita nas próximas eleições. Jessé Pereira (PSL), ex-candidato ao governo do Estado, será o candidato a vice.
Cautela
A formalização foi feita durante a convenção. Sem aglomeração de pessoas e seguindo as recomendações dos órgãos competentes para as cidades que estão em situação de risco grave e gravíssimo para a covid-19. Durante o ato, ainda foram aprovados os nomes de pré-candidatos a vereador pela sigla.
De palavra
Esse escriba já havia registrado aqui que Jane era enfática ao dizer que não iria se aliar nem com o prefeito Élcio Bisturi Kuhnen (MDB), nem com a ex-prefeita loirosa Luzia Coppi (PSDB). Dito e feito. Jane surge como 3ª via numa corrida eleitoral que promete dar o que falar. Fiquemos de olho!
Gui
O pré-candidato a vereador da Dubai, Guilherme Cardoso, o Gui Cardoso (Podemos), visitou a choupana e expôs seus projetos e a disposição de chegar na câmara de vereadores, defendendo inovação, participação política, renovação no legislativo, alternativas econômicas através do empreendedorismo, inovação e a participação das pessoas nas decisões do município.
Pau pegando
Perdigueiros da coluna estão alvoroçados e disparando artilharia pra parte mais fraca da campanha que logo se inicia, que são, teoricamente, os candidatos do Solidariedade e Avantes, o Osvaldo da mancha branca Mafra, e o vai dar tudo certo, Patrick Dauer.
Incoerência
Segundo os linguarudos, vaza bocudos, tanto um quanto o outro topou ser vice em reunião cheia de testemunhas, então o discurso do diferentão não vai colar. Se fossem vice o Robison Coelho seria um rapaz bom, como não são então ele não presta. Aí não né. Povão tá cansado disso...
Melhor um na mão...
Lascam ainda as bocas de tramela que Mafra tem alguma condição de eleger um vereador sendo candidato a prefeito, mas que Dauer, que é um bom menino, acabaria a eleição sem conseguir viabilizar as campanhas de seus candidatos, provavelmente sem vereador, sem prefeito e sem partido. Ai que dor...
Lembram
A tchurma da confusão lembra de uma pá de nomes que disputou eleições pra prefeito com discurso de diferente e que acabou morrendo na praia política, como o caso do próprio médico sem fraturas Deodato Casas, que tinha muito mais visibilidade pessoal e, ainda assim, acabou apagado pelas circunstâncias.
Cinco
Mas a verdade é que se nada acontecer até o dia 26, com eventuais desistências, a cidade terá cinco chapas de prefeito e vice. Quem vai escolher é o povão. Os herdeiros dos grupos políticos que há mais de 100 anos disputam esse espaço e jamais foram derrotados para uma terceira frente estão mais uma vez posicionados, com três outras alternativas que podem, ou não, quebrar esse tabu. Quem viver verá ...
Puxando a sacaria
O coordenador da Codetran, Robison Costa, levou na espinha com uma condenação individual de cinco mil reais, por ter feito um vídeo puxando o saco do prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB). O PSDB entrou com uma representação e a dona justa entendeu que foi propaganda eleitoral antecipada. Em declaração ao DIARINHO, Robison garantiu que vai continuar puxando o saco. Oh, dor!
O único
O deputado Onir Mocelin foi o único do PSL a votar contra o impeachment do governador Moisés. Foram cinco votos favoráveis e só o Onir contrário. Mocelin, especialista em apagar incêndio, sentiu o calor do fogo e correu para as redes sociais para justificar o seu voto. Até que foi coerente, porém não foi convincente ao destacar a questão jurídica como fator principal para sua decisão.