O governador Carlos Moisés ganhou 74% dos votos de Itajaí e 74% de Balneário Camboriú nas eleições do ano passado. Mas, para ele, parece significar nada. Virou as costas pra região e nem dá as caras por aqui. A desculpa para nenhum investimento na região, especialmente na saúde – que está se transformando numa tempestade perfeita – é que o governo não tem dinheiro pra nada. Só que não No site do governo do Estado, Moisés anunciou na segunda-feira repasse de R$ 3 milhões para o Hospital Santo Antônio da galega Blumenau. Anunciou, ainda, convênio de R$ 28 milhões para construção de um centro de convenções no Parque Vila Germânica, também na loura Blu. Quer dizer que pra lá tem, pra cá não… Rapaz bonito. O novo velho A resposta para este tipo de investimento do governo do Estado parece ter clara conotação política. Ainda ontem, na coluna, explanei a ausência de três deputados da região de Blumenau e a presença apenas do deputado Ricardo Alba na passagem de Moisés por lá, nome avalizado pelo governador a disputar a prefa da loura Blu no ano que vem. Pô! Baita politicagem! E com dinheiro público... Ferrando Itajaí Além de não ajudar, atrapalha. Ainda em junho deste ano Moisés publicou decreto mudando a regra do índice de participação do ICMS ferrando as cidades portuárias, determinando que 90% fica com o município que produz e 10% com o município que recebe o produto e exporta. Cosa feia Então, além de não investir nadicadenada por aqui, o governador bombeiro ainda leva os recursos da região. Dinheiro que vai e não volta. E, aparentemente, por motivo político-eleitoral. Uma vergonheira danada. Tentaram lograr O prefeito Elcio Bisturi Kuhnen (MDB), de Camboriú, quase foi logrado em São José, ontem, no Congresso dos Prefeitos. Quando o alcaide chegou lhe cobraram 50 pilas pra estacionar. Na hora de ir embora, o folgado que cuidava do estacionamento queria cobrar mais 15 reais. Elcio disse que tinha pago 50 e o cabra teimava que não. Deixou ir Quando o prefeito disse que ia chamar a polícia pra comprovar que tinha estrebuchado o pagamento o sujeito lhe devolveu 35 reais e o deixou ir. O prefeito foi até São José sem diárias e lá conversou com o pessoal da Auto Pista que tem a concessão da BR-101, sobre a possibilidade de um novo retorno da Várzea do Ranchinho, entre outras situações. Perdendo Apesar dos esforços da secretária de Saúde, a bonitona Elisama Freitas, a Zama, e do prefeito Elcio Bisturi Kuhnen (MDB), a saúde tá respirando por aparelhos na terra da pedrada e ex- tiro ao vereador. Camboriú tá perdendo médicos. No último mês perdeu quatro profissionais. O que é extremamente preocupante. Dindim baixo Um dos principais motivos, além da falta de estrutura em unidades de saúde, principalmente na policlínica, é os salários muito baixos, vergonhosos, enquanto ao redor os médicos ganham muito mais. O que por si só é o maior motivo pra debandada. Do outro lado da vala, em Navegantes, purexemplo, o salário inicial é de aproxidamente R$ 4500. Menos do que veterinários Só pra se ter uma ideia, tem médico recebendo salário bruto no finalzinho do mês de R$ 3044. Valor menor do que veterinários que trabalham com animais na secretaria de Agricultura de Camboriú. Complicado, né. Diminuir Poderiam diminuir alguns cargos esdrúxulos (assessor pra assuntos comunitários, chefes de divisão, diretor de departamento adjunto, fora os aspones – que são os famosos assessores de porra nenhuma), na estrutura da prefa pra que uma área tão sensível e necessária fosse melhor assistida. Que diabo é isso? Tem dois cargos de coordenador da casa da costura que ganham mais que um médico (R$ 3105,00 – bruto). Que diabo de cargo é esse? E o prefeito sendo médico... Até porque não adianta a Elisama ficar dando soco em ponta de faca, sendo que não paga bem. Qualquer um corre... Condição? E o buchicho corre solto em Camboriú, com a ida do vereador Fabiano Olegário (PDT) pra defesa Civil. Os linguarudos de plantão alardeiam que a sua madrasta, Pamela Olegári, terá que ser assessora do seu suplente, o pastor Eduardo July Krzisch (PRB), que assume a cadeira estofadinha na casa do povo da terra da pedrada. Hummmmm... Até quando? O empresário e ex-candidato a deputado federal, vice-presidente estadual do PL, Jorge Goetten, se manifestou sobre a morte da menina Ágatha, no Rio de Janeiro: “Não posso deixar de falar sobre a morte da pequena Ágatha, de apenas oito anos de idade, ocorrido no Rio de Janeiro. A Kombi em que ela estava foi alvejada por tiros vindos da polícia. Muito me preocupa o discurso de ódio vindo do Estado, em que se comemora com festejos a morte de um ser humano, outrora. Nada justifica a morte de alguém! O Estado, que tem o papel de proteger a população e principalmente as crianças, está assassinando-as! Estão falhando nas políticas-públicas de igualdade e oportunidades para as crianças. Até quando vamos nos calar?!” Corretíssimo!