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Por Edison d'Ávila -

Artes visuais em Itajaí: 
resgate histórico


Nestes dias, estive em visita à exposição “Precursores das Artes Visuais de Itajaí”, no Espaço Multiuso da Univali, Campus de Itajaí, promoção da Universidade do Vale do Itajaí, Fundação Genésio Miranda Lins e Fundação Cultural de Itajaí, com obras de arte do acervo do Museu Histórico de Itajaí e da Casa da Cultura Dide Brandão e curadoria da professora Ane Fernandes. Foi uma agradável visita e muito emocionante para mim. Rever obras de Dide Brandão, Meyer Filho, Dinyz Domingos e Osny Schauffert deu motivo para relembrar artistas com quem tanto se conviveu e múltiplos acontecimentos culturais de que se participou na cidade. Uma visita de cultura, memória e emoção! Pois foi durante a visita, que me ocorreu justamente a lembrança de que faz mais de 60 anos que se realizou a primeira mostra da arte de um dos precursores, Dide Brandão, em Itajaí, sua terra natal. Até 1955, pintor já reconhecido na então Capital Federal, Rio de Janeiro, onde residia, em São Paulo e em Florianópolis, Dide Brandão, nunca tivera uma exposição de seus trabalhos artísticos aqui. José Bonifácio Brandão (1926/1976) – Dide – fizera sua formação acadêmica na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, cidade em que participou pela primeira vez de uma exposição coletiva de sua pinturas, em 1952, no IV Salão Municipal de Belas Artes, no qual recebeu uma “Menção Honrosa”, o primeiro de uma série de prêmios que viria a receber ao longo de sua carreira como pintor, desenhista, ilustrador e tapeceiro. A exposição individual de J. Brandão, como assinava suas obras, em Itajaí, em 1955, na sede da Sociedade Guarani, a primeira de seis mostras realizadas aqui, fora possivelmente aquela que inaugurou na cidade esse tipo de evento de artes visuais. Até agora, não se tem notícia de outras exposições de artes visuais que tivessem acontecido em Itajaí; embora, se saiba de escultores e pintores estabelecidos na cidade e produzindo arte. Àquela primeira, seguiu-se a de 1956, também na Sociedade Guarani; duas outras aconteceram no ano de 1958, uma no Caiçara Club e outra no salão da AABB. Sobre a exposição havida nesse ano no salão da AABB, cabe referência especial pelo fato de que ela foi uma mostra coletiva de gravuras e desenhos de que participavam também Fayga Ostrower, Carlos Oswald, Vera Tormenta, Athos Bulcão, Moacyr Figueiredo, Joaquim Cruz, H. Steiner, Portinari, Burle Marx, Hugo Mund Jr., Pedro Paulo Viechietti, Tércio da Gama, Meyer Filho e Hassis Corrêa. Nessa ocasião, pela vez primeira, Itajaí vira obras também de renomados artistas nacionais e catarinenses. A iniciativa da exposição fora do promotor cultural Nóbrega Fontes, através do Centro Catarinense do Rio de Janeiro. As duas últimas exposições de Dide Brandão na sua cidade natal foram nos anos de 1960 e 1975, respectivamente no Caiçara Club e no Palácio Marcos Konder. Sem galerias de arte na cidade, aproveitavam-se os salões disponíveis. Mas vale o registro para o Caiçara Club, primeira casa noturna de Itajaí, aberta pelo jornalista e cronista social Sebastião Armando dos Reis, que, amigo fraterno de Dide e apreciador de arte e cultura, promovia, desde 1956, seguidos eventos artísticos no local.


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