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As frases e suas implicações


Analisando friamente nosso “cal­do” civilizatório, chego a uma conclu­são inevitável: não somos nem sombra do que já fomos. Um paradoxo, sem dúvida. Um paradoxo que leva-nos a duvidar da confiabilidade dos proces­sos que balizaram a origem das espé­cies. Não! Nada preocupante. Afinal, inevitavelmente, a mãe da dúvida gera a certeza. Isso é matemático. Se o pro­cesso evolutivo é permeado por pon­tos obscuros, a involução é real.

Ah, os filósofos gregos! Cito-os para fazer uma analogia. Os filósofos antigos foram escultores das palavras. Quebravam, cunhavam, esmerila­vam, lixavam as palavras construin­do frases magníficas. Dando vida ao pensamento.

Já os “filósofos” modernos... Bem, os “filósofos” modernos não pensam. Movem-se por instinto. A impossibilidade de articulação do pensamento acaba gerando “péro­las”, com todas as implicações que estas possam suscitar.

Por gentileza, deguste algumas “pérolas”. Cuidado para não engas­gar, viu?

“Conseguimos distribuir a pobre­za de forma igual”.

Nguen Co Sapé – ministro vietna­mita dos Negócios Estrangeiros.

- Sim, claro. Socializando a rique­za de forma desigual.

“Vou pagar porque ganho bem”.

Marco Maia – presidente da Câ­mara dos deputados, sobre viagem em avião da Unimed.

- Entendi. Se ganhasse mal dava o calote, não é?

“Relaxa e goza”.

Marta Suplicy – ministra do Turis­mo do governo Lula, durante o caos aéreo.

- Que horror! Ela é sexóloga, mas parece que não aprendeu nada. É o contrário, Dona Marta. As pessoas gozam e depois relaxam, sabia?

“Parente em governo sempre cria problemas, para o governo ou para o parente”.

José Sarney – presidente do Se­nado.

- Certo. E para o povo sempre cria soluções, não é?

“Fi-lo porque qui-lo”.

Janio Quadros – ex-presidente da República.

- Maravilhoso! Tratava-se de um “Honoris Causa” da gramática. Quan­do bebia (e bebia muuuuito) mudava para bebi-lo porque qui-lo.

“É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e a Gleisi nem se­quer conhece Brasília”.

Nelson Jobim – ex-ministro do Exército.

- Sobre a Ideli ser ‘fraquinha”, o ex-ministro foi econômico. Quanto a Gleisi, será que conhece o Palácio do Planalto?

“O Sarney não é uma pessoa co­mum”.

Ex-presidente Lula.

- Claro que não. Pessoas comuns foram Ghandi, líder pacifista e fun­dador do moderno estado indiano... Martin Luther King, importante líder dos direitos civis dos negros e prêmio Nobel da Paz em 1964... Alexander Fleming, o descobridor da penicili­na...

“Todos os aposentados são vaga­bundos”.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Não liguem! É autocrítica. Fa­lava sobre os aposentados que entra­ram para a política, como ele.

“O PR, cuja presidência assumi, não é lixo para ser varrido da admi­nistração. Não somos melhores nem piores que ninguém”.

Alfredo Nascimento – ex-ministro dos Transportes do governo Dilma.

- Exato. Nem melhores nem pio­res. São iguais. Esse é o problema.

“A grande maioria de nossas im­portações vem de fora do país”.

Ex-presidente Lula.

- Não me diga! Não faz mal. O importante é que as nossas exporta­ções vêm de dentro.

“Ao lado do PMDB me sinto em casa”.

Presidente Dilma Rousseff.

- Meu Deus! Imaginem como deve ser a casa dela.

“Eu não sabia”.

Ex- presidente Lula, sobre o men­salão.

- É um filósofo. Não se preocu­pe. Ninguém sabia. Nem você nem as torcidas do Flamengo e do Corin­thians.

“Minha filha, então morra, morra!

Amazonino Mendes – prefeito de Manaus, para uma moradora de área de risco.

- Sem comentários.

“Quem não teve uma namoradi­nha que teve que abortar”?

Sérgio Cabral.

- Quem é Sérgio Cabral?

“Dilma pisou no tomate e tem que levar paulada”.

Plínio Arruda – candidato à presi­dência pelo Psol em 2011.

- Calma, Plínio! Por que toda essa agressividade com o tomate?

“Esqueçam tudo o que escrevi”.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Esquecer o quê? Ninguém leu aquelas bobagens.

“Não é aceitável que uma pessoa com endereço, RG e CPF seja presa como um bandido qualquer, algema­do, como em uma exposição pública”.

Ex-presidente Lula, criticando a ação da Polícia Federal durante a Ope­ração Voucher.

- Alôôôô Polícia Federal. Se os la­drões portarem RG e CPF, por favor, não prenda. Algemas, nem pensar. Não combina com terno e gravata.

O Ministério da Saúde adverte: evi­te o contato com políticos. Pode cau­sar vômitos.

* O autor é jornalista


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