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Palavra e silêncio


Ainda estamos no Tempo Pascal, pois que este se estende por cincoenta dias após o Domingo de Páscoa. A celebração pascoal não se limita à Igreja Católica. Muitas outras igrejas cristãs, nesta quadra do ano, também se debruçam à face do Cristo Ressuscitado e proclamam o Aleluia. Na liturgia católica, usa-se o Círio Pascal em todas as missas durante esse tempo litúrgico. Nas ordens religiosas que prescrevem rigoroso jejum como hábito de vida, levantam-se as regras penitenciais durante o Tempo Pascal, pois que este é um tempo de ânimo forte e alegria. Contribuindo para avivar ainda mais o clima religioso desse tempo litúrgico celebra-se, no estado do Espírito Santo, na oitava da Páscoa, a Festa da Penha. É um evento do qual participam peregrinos de todo o país.

Por todas estas razões, o calendário mostra-se propício para que nos lembremos de um bispo e falemos de um livro póstumo que contém seus ensinamentos.

O bispo é Dom Luís Gonzaga Fernandes. O livro que vamos comentar tem este título: “A palavra é filha do silêncio”.

Dom Luís Gonzaga Fernandes exerceu seu pastoreio na Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, ao lado de Dom João Batista da Motta e Albuquerque.

Foi ele, com apoio de Dom João, o principal artífice de nossas comunidades eclesiais de base. Tratava-se de um projeto de Igreja a partir do povo, uma Igreja que voltava aos primeiros tempos do Cristianismo, quando não havia nem templos, nem altares, conforme demonstra Michel Green (Evangelismo na Igreja Primitiva). Graças principalmente a Dom Luís Gonzaga Fernandes, as CEBs construídas na Arquidiocese de Vitória espalharam-se pelo Brasil, América Latina e alcançaram a Europa.

Depois de exercer seu ministério em Vitória, Dom Luís Gonzaga Fernandes foi transferido para Campina Grande, sua terra natal. A Bíblia diz que os profetas só não têm honra na própria terra natal e no meio dos conhecidos de infância.

Campina Grande, entretanto, não emudeceu o profetismo do bispo. O livro “A palavra é filha do silêncio” prova este fato. Reúne páginas publicadas por Dom Luís na imprensa de sua terra natal. Recebi o livro, como presente inestimável, das mãos do padre Alberto Fontana, que foi um grande colaborador de Dom Luís Gonzaga Fernandes no seu pastoreio capixaba. A antologia dos escritos de Dom Luís foi um meticuloso trabalho do padre João Jorge Rietveld (83.3343-4226), cumprido em três etapas. A primeira foi o difícil resgate dos textos. A segunda foi a seleção das produções avulsas que deveriam aglutinar a essência do pensamento. A terceira e última etapa foi organizar tudo com esmero, de modo a obter o magnífico resultado que foi alcançado.

O autor é magistrado aposentado, foi um dos fundadores da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória, por convocação de Dom Luís Gonzaga Fernandes


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