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No Bolsa Família


O tempo de ter um bloco político seguindo os princípios russos e estadunidenses já ficou no passado. Até mesmo o marxismo na América Latina não tem mais tanta expressão assim. E ao olharmos uma eleição presidencial, que vai concentrando para um bipartidarismo, poderemos perceber que questões como o setor social é o mais vigente na campanha eleitoral. Que por um lado é um conforto para quem não possui nada, e por outro lado uma máquina de fabricar votos.Recentemente, a revista britânica The Economist abordou o programa Bolsa Família. E mostrou que o Bolsa Família não é tão eficaz nas áreas urbanas como nas rurais. A previsão é que a pobreza aumente nas áreas urbanas segundo a revista. A The Economist aponta que o Bolsa Família tem sido eficaz no combate ao perfil antigo da pobreza; que seria a desnutrição, falta de água tratada, de atendimento de saúde; enquanto o novo perfil que seria dependência de droga, violência, desestruturação familiar, degradação ambiental, o programa não consegue atingir.

Entretanto, os programas de transferência de renda garantidos pela constituição de 1988 – como a Previdência Rural e o Beneficio de Prestação Continuada – têm um impacto mais significativo na redução da pobreza, enquanto, o Bolsa Família vem em terceiro lugar. Para termos noção da importância do Bolsa Família, atualmente 12,6% da população brasileira vive em situação de indigência e outros 32% em situação de pobreza. E o Ipea (instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que, sem o Bolsa Família, a indigência saltaria para 13,9% e a pobreza para 33%. O programa Previdência Rural foi criada em 1971, no regime militar, e com pensões limitadas a 30% dos benefícios. O governo Fernando Henrique Cardoso pôs em prática a universalização previdenciária com a ampliação dos benefícios para um salário mínimo, e redução da idade de aposentadoria de 60 para homens e 55 para mulheres. O benefício de prestação continuada está incorporado às contas do instituto Nacional do Serviço Social (INSS) e atende 3,1 milhões de pessoas. Doravante, o programa Bolsa Família busca atender um público excluído nas determinações constitucionais. Atualmente, 11 milhões de famílias são atendidas e recebem entre 20 e 200 reais.

Todavia, a campanha eleitoral vai buscar esse norte. Promessas de encher nossos bolsos de dinheiro e, consequentemente, manterem a desigualdade social. Ou seja, para o presente a população carente precisa sim de ajuda e não de esmola. O estado deve auxiliar os que precisam e também proporcionar uma promoção humana. Não se pode condicionar famílias e famílias a viverem no mínimo e custeados por programas sociais. Sem dúvida o primeiro passo é esse. O segundo é gerar condições para sua própria subsistência. E como vamos promover brasileiros se o ensino é quantitativo e não qualitativo? A renda é a mínima e a desigualdade social é a máxima?

Depreendo na expectativa de que os interesses dos atuais candidatos para essa enorme população brasileira necessitada não é apenas o voto. O Brasil deve ser visto como uma grande família e não como uma grande massa.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela Unifebe/Brusque e mestrando em Ciencias Politica-UFSCar/São Carlos-SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br


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