Colunas


Artigos

Artigos

Por Artigos -

Egocentrismo


Sou psicólogo e numa determinada tarde entrou no consultório um rapaz de 22 anos, moreno, olhos tristes, cabelos cacheados e um sorriso que mostrava sofrimento. Durante a psicoterapia ficou tenso e inclinado para frente. Falava com arrogância, mas seu discurso apontava insegurança. Sua queixa era que não conseguia manter um namoro.

Ele relatou que depois de alguns meses e diversas DR (discutir a relação), o namoro acabava. Entendia que a relação estava ruim a ponto de terminar, mas não conseguia sair desse ciclo vicioso.

No decorrer dos atendimentos ficou claro o quanto ele desejava que as pessoas mudassem para que ele fosse feliz e pudesse tanto amar e ser amado, mas não fazia o básico: mudar a si próprio.

Ele era egocêntrico: nas conversas adorava falar de si, das atividades que fazia e gostava, bem como interromper a fala do outro para expor suas opiniões.

A ânsia em falar de si deixava pouco tempo ao outro, consequentemente, não conhecia com profundidade seus familiares, amigos e as namoradas que teve.

Era comum apresentar um olhar crítico, percebia com muita facilidade os defeitos e os apontava. Por vezes, o fazia de forma engraçada, mas não menos agressiva.

Nos namoros não era diferente, percebia e apontava o quanto à namorada não lhe agradou, ou ficou distante, mas pouco percebia seus defeitos.

Exigia atenção o tempo todo e para isso justificava que se dedicava inteiramente à namorada. Isto era verdade, mas não se dava conta que o fazia por carência, por medo de ficar sozinho e não de forma equilibrada.

Para quase tudo tinha uma justificativa e, quem tudo justifica, não consegue enxergar seus próprios erros. Deixava as “namoradas” na defensiva, que não encontravam nele um ombro amigo. Ele era mais um filho do que um namorado.

No decorrer da psicoterapia a missão era fazê-lo crescer, tornar-se adulto e um conhecedor do ser humano e suas necessidades. Ele precisou conhecer quem estava ao seu redor, perceber as necessidades dos outros, saber o que os motivavam, do que gostariam de compartilhar. Bem como identificar o que no seu comportamento era maléfico nas relações.

Aprendeu a ouvir mais do que falar. A respeitar e ser humilde. Com o tempo foi se dando conta que precisava amar para então ser amado. Com essas mudanças foi possível aprofundar os aspectos subjetivos e emocionais que lhe apareciam como barreira. 


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

TV DIARINHO


🚒🚧 TRÂNSITO CAÓTICO! Feriado virou pesadelo pra quem pegou a BR 101 nesta sexta! Um carro pegou fogo ...




Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Brigada indígena voluntária combate incêndios sem apoio de autoridades no Pará

BRASiL

Brigada indígena voluntária combate incêndios sem apoio de autoridades no Pará

Garimpo ilegal migra na Amazônia e dispara na TI Sararé (MT), alerta Greenpeace

INVESTIGAÇÃO

Garimpo ilegal migra na Amazônia e dispara na TI Sararé (MT), alerta Greenpeace

Presidente do Equador é dono de empresa sócia de exportadora ligada a narcotráfico

flagrante

Presidente do Equador é dono de empresa sócia de exportadora ligada a narcotráfico

O que acontece com militares se condenados pelo golpe?

Expulsão, honra, pensões?

O que acontece com militares se condenados pelo golpe?

O arcebispo que via Deus no carnaval do povo

Dom Hélder Câmara:

O arcebispo que via Deus no carnaval do povo



Colunistas

Léo Cordeiro na mira

JotaCê

Léo Cordeiro na mira

Viva a Taís!

Coluna do Ton

Viva a Taís!

Terra de condenados

Coluna Esplanada

Terra de condenados

Feliz Páscoa!

Charge do Dia

Feliz Páscoa!

Ajustes na base governista

Coluna Acontece SC

Ajustes na base governista




Blogs

Energisa Búzios Sailing Week define campeões de 2025 em dia de vento forte

A bordo do esporte

Energisa Búzios Sailing Week define campeões de 2025 em dia de vento forte

Cadê?

Blog do JC

Cadê?






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.