Publicado 05/08/2025 11:35
A vereadora Carla Ayres (PT) tem usado o seu tempo de tribuna na casa do povo da capital manezinha para cobrar mais transparência e investigação nos contratos da Secretaria de Assistência Social com organizações da sociedade civil.
Contratadas
Essas entidades têm sido contratadas para gerenciar serviços públicos voltados à população em situação de rua, como a Passarela da Cidadania, o Centro Dia e o Restaurante Popular. Como uma das autoras do pedido de CPI que tramita na Câmara, Carla expressou preocupação com as denúncias de corrupção que envolvem a pasta.
Omissão
Também chamou atenção para o fato de o ex-secretário Leandro Lima, apontado pelo Ministério Público de Contas por suposta omissão diante das irregularidades na Passarela da Cidadania, estar novamente à frente da gestão do local.
Revelou
A primeira fase da Operação Pecados Capitais, deflagrada em dezembro de 2023, revelou superfaturamento nos serviços de lavagem de roupas da Passarela, com pagamentos até 200% acima dos valores de mercado. Em janeiro de 2024, o Ministério Público de Contas recomendou que a prefeitura mantivesse o contrato com a organização investigada por, no máximo, 180 dias.
Novo termo
No entanto, em 23 de maio de 2024, a prefa firmou um novo Termo de Colaboração com a Associação Alberto de Souza, dispensando a realização de chamamento público. A entidade foi contratada para gerir a Passarela da Cidadania e o Centro de Convivência para Adultos em Situação de Rua.
Criticada
A contratação foi duramente criticada por Carla Ayres: “É inadmissível que em seis meses, a Prefeitura de Florianópolis não tenha sido capaz de realizar um chamamento público (...). E é ainda mais preocupante que o Termo de Colaboração tenha sido firmado com uma entidade ligada a Leandro Antônio Soares Lima (...), que está sendo investigado pelo Ministério Público de Contas”.
Questionou
A vereadora também questionou os valores investidos pelo município nos últimos anos, sem que isso se refletisse em melhorias reais. Ela comparou os contratos anteriores com os atuais: em 2018, o custo mensal por pessoa atendida era de R$ 566,98; ao final de 2023, esse valor subiu para R$ 2.498,91. “Apesar de uma elevação da ordem de 440%, não foi possível observar uma evolução significativa na qualidade deste atendimento”, criticou.
Restaurante Popular
Outro ponto levantado por Carla Ayres envolve o fechamento do Restaurante Popular de Florianópolis, em fevereiro de 2025. A prefeitura alegou que o espaço seria reformulado para atender famílias inscritas no CadÚnico, mas cerca de 80% das pessoas atendidas eram em situação de rua.
Passarela da Cidadania
Segundo a vereadora, a transferência desses atendimentos para a Passarela da Cidadania não ocorreu na prática. “Estive na Passarela da Cidadania assim que o Restaurante Popular foi fechado e pude constatar que não houve qualquer ampliação no número de refeições servidas”, afirmou.
Foto (Divulgação)
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Publicado 22/10/2025 19:47