Imagina ver o show de fogos de dentro do mar? Depois de cinco anos, a virada de ano de Itajaí volta a ganhar brilho com espetáculo de fogos na Beira Rio. E, enquanto a prefeitura monta a festa aberta ao público, alguns negócios da cidade já farejam chance de faturar com quem prefere ver os fogos de um jeito mais exclusivo e com vista privilegiada. A Marina Itajaí e a baía Afonso Wippel estão entre os lugares que querem pegar carona nessa retomada.

Na marina, os restaurantes aproveitaram a onda e montaram seus próprios pacotes de réveillon. O Zephyr criou um jantar fechado de réveillon, com menu completo, espumante de boas-vindas e até violino ao vivo durante a refeição. Coisa chique. O pacote custa R$ 700 por pessoa no primeiro lote e as mesas ficam bem em frente à água, onde o reflexo dos fogos costuma render fotos bonitas.

Do outro lado do complexo, o Zebuíno Parrilla também prepara a noite de 31 de dezembro com vagas limitadas. O restaurante aposta no clima mais rústico, carnes especiais e mesas voltadas para a baía, que deve virar um dos pontos mais tranquilos para ver a queima de fogos sem o empurra-empurra da rua.

Mas a novidade que mais chama atenção é mesmo na água. A baía Afonso Wippel, que fica colada na Marina Itajaí, virou a “sacada náutica” da cidade. Quem tem embarcação na marina pode ancorar na área abrigada e assistir de lá, com a cidade iluminada ao fundo. Já quem não tem barco também consegue entrar nessa: empresas de locação oferecem pacotes especiais para a noite da virada.

Uma das empresas que oferecem esse tipo de passeio é a DDB Yachts. Eles montaram pacotes de até sete horas na noite da virada. O valor inicial é de R$ 10 mil por embarcação, mas, com o barco cheio, o custo pode ficar em torno de R$ 1 mil por pessoa. Entre as opções está a Armada, lancha de 40 pés com capacidade para 13 pessoas, quartos, cozinha completa e área gourmet. O roteiro passa por alguns pontos da região e termina com a lancha ancorada na baía, de frente para os fogos.

A direção da marina diz que esse movimento é comum em cidades com tradição náutica. Como a festa volta depois de cinco anos, eles acreditam que parte do público vai buscar conforto e uma forma diferente de acompanhar a virada. 

“Quem está nos restaurantes ou a bordo das embarcações assiste aos fogos de frente, com estrutura de serviço e segurança. É uma forma de viver a mesma festa com outro ângulo, mais próximo da água e do universo náutico de Itajaí”, afirma Carlos Gayoso de Oliveira, diretor da Marina Itajaí. A marina, que funciona desde 2016, fica ao lado do Centreventos e reúne dois restaurantes, heliponto, posto de combustível e estrutura para embarcações de vários portes.