Após 12 anos de trabalho na prefeitura de Balneário Camboriú, um servidor efetivo foi demitido por apresentar um atestado médico falso. A demissão foi nesta quarta-feira, mas o caso só veio à tona na sexta.

Segundo a prefeitura, essa é a primeira demissão por atestado falso desde que a Polícia Civil deflagrou, em julho, uma operação para investigar fraudes semelhantes. A secretaria de Gestão de Pessoas informou que o servidor havia sido admitido em abril de 2013.

De acordo com o secretário da pasta, Ary Souza, outros casos de atestados falsos ainda estão em apuração, pois as investigações preliminares trouxeram novas evidências. Em julho, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no hospital Ruth Cardoso. Na ocasião, uma funcionária do hospital foi demitida e diversos processos administrativos foram abertos para identificar outros servidores envolvidos.

Controle de atestados

Em 2024, a prefeitura de Balneário Camboriú registrou uma média de 1780 atestados por mês, o que gerou um custo estimado de mais de R$ 19 milhões aos cofres públicos. Para reduzir esse impacto, o município implantou um sistema de controle e acompanhamento dos atestados.

Neste ano, a média mensal de atestados caiu em relação a 2024, mas a prefeitura considera que o número ainda é elevado, tanto em relação aos dias de afastamento quanto à quantidade de servidores afastados.

A prefeitura reforça que o atestado médico é um direito do trabalhador e que o objetivo das investigações é coibir apenas os casos de fraude.