CAMBORIÚ

Pavan quer meter bracelete em servidor de atestado médico

Prefeito diz estar alarmado com quase 10 mil atestados médicos só neste ano

Fala de Pavan foi criticada por servidores, mas recebeu apoio de deputado e pai de aluno (Foto: Reprodução)
Fala de Pavan foi criticada por servidores, mas recebeu apoio de deputado e pai de aluno (Foto: Reprodução)

O prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), apresentou uma proposta polêmica para tentar reduzir o alto número de atestados médicos de servidores públicos no município — os quais, segundo ele, já se aproximam de 10 mil emissões entre janeiro e novembro deste ano. Em vídeo divulgado no sábado, Pavan afirmou que vai propor à Associação de Municípios da Foz do Itajaí-Açu (Amfri) a implementação de um bracelete com QR Code para identificação dos servidores afastados por motivo de saúde.

O dispositivo seria utilizado durante todo o período de afastamento, diante da necessidade de justificativas mais detalhadas por parte de laboratórios, clínicas e médicos, permitindo uma fiscalização ...

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O dispositivo seria utilizado durante todo o período de afastamento, diante da necessidade de justificativas mais detalhadas por parte de laboratórios, clínicas e médicos, permitindo uma fiscalização mínima para “coibir abusos”. “Quem está doente deve estar em casa. Quem for pego na rua, em lazer, terá o dia descontado. E, para tirar o bracelete, terá que ir à secretaria, onde o secretário ou responsável fará a retirada”, declarou.

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Segundo o prefeito, o excesso de atestados estaria afetando diretamente a qualidade dos serviços prestados à população, situação que classificou como “alarmante”. Ele revelou ainda que cerca de 80% dos afastamentos têm origem na área da Educação. “A ausência de um servidor essencial compromete o futuro de nossas crianças e o funcionamento da cidade”, afirmou, acrescentando já ter presenciado funcionários com atestado “na praia”.

Pavan destacou que não apenas professores, mas também médicos estariam abusando dos afastamentos — foram 10 atestados recentes emitidos por profissionais da própria área. “O atestado médico é um direito constitucional para quem realmente precisa. No entanto, a recorrência em datas estratégicas, como após feriados ou logo depois do pagamento de horas extras, levanta suspeita de má-fé”, acusou.

“A corrupção não está apenas nos grandes desvios; está também na mentira que retira recursos e força a contratação de mais funcionários”, completou. A manifestação de Pavan segue a linha adotada por outros prefeitos do PSD no estado, como João Rodrigues, de Chapecó, que também divulgou vídeo criticando o aumento de atestados e anunciando restrições.

Contra e a favor

A proposta do prefeito gerou repercussão nas redes sociais. Lili Mateus argumentou que profissionais da Educação adoecem com frequência por lidarem diariamente com cerca de 30 crianças, além de familiares e irmãos. May Kefren reforçou a crítica: “Todo mundo está enlouquecendo nas creches e escolas sem apoio, sem compreensão, com falta de funcionários, crianças especiais — três, quatro por sala — e superlotação”.

Outros saíram em defesa de Pavan. O deputado estadual Carlos Humberto (PL) afirmou que “a grande maioria dos servidores públicos é de pessoas sérias, mas como em qualquer lugar, existem os malandros que precisam ser fiscalizados e punidos”. Michel Costa, pai de alunos do colégio João Vergílio, no bairro Cedro, também apoiou o prefeito, afirmando que o ano inteiro há uma “palhaçada de falta de professores com atestado”.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Camboriú (Sisemcam) reagiu ainda no sábado, cobrando retratação de Pavan e manifestando “profundo repúdio” às declarações. O DIARINHO apurou que segundo a entidade, os comentários do prefeito seriam depreciativos, desrespeitosos e demonstram “completo desconhecimento da realidade enfrentada diariamente pelos trabalhadores”.

Para o sindicato, os servidores não podem ser responsabilizados pela precariedade ou pela má gestão das políticas públicas, e muitos adoecem justamente pela sobrecarga e pela falta de estrutura adequada. O Sisemcam pediu diálogo por parte do executivo.



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