O acompanhamento regular é fundamental para proteger a saúde da mãe e do bebê, permitindo a identificação precoce de possíveis complicações. Durante o pré-natal, é possível detectar condições que aumentam o risco de parto prematuro, como hipertensão, diabetes gestacional, sífilis e infecções. Essas doenças, muitas vezes silenciosas, podem causar consequências graves se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo.
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O Ministério da Saúde recomenda pelo menos seis consultas de pré-natal, distribuídas ao longo da gestação, sendo a primeira preferencialmente ainda no primeiro trimestre. Porém, em muitos casos, essa meta não é atingida, o que aumenta significativamente os riscos de parto prematuro, baixo peso ao nascer e até de morte materna e neonatal.
“O pré-natal é o momento em que conseguimos avaliar cada etapa da gravidez, orientar a gestante e prevenir desfechos graves. Quanto mais cedo iniciamos o acompanhamento, maior é a segurança para todos”, afirma o ginecologista e obstetra do Hospital Marieta Konder Bornhausen, Gustavo Côrtes.
O cuidado, no entanto, vai além das consultas médicas. Um pré-natal de qualidade envolve também enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, dentro de uma abordagem multiprofissional.
As unidades básicas de saúde (UBS) são a porta de entrada para esse atendimento. Em casos de gravidez de alto risco, como hipertensão e diabetes não diagnosticadas previamente, a gestante deve ser encaminhada para unidades de referência, como o hospital Marieta.
Atendimento às gestantes
Em Itajaí, conforme a Secretaria de Saúde, o atendimento às gestantes é organizado de acordo com o risco gestacional, garantindo assistência adequada para cada necessidade. Gestantes de baixo risco são acompanhadas nas UBS pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família, que realizam o pré-natal, orientações e exames de rotina.
Já as gestantes de médio risco fazem o pré-natal de forma compartilhada entre a UBS e atendimentos especializados com ginecologistas.
Nos casos de alto risco, o acompanhamento é feito no Crescem – Centro de Referência em Saúde da Criança e da Mulher. Lá, uma equipe multiprofissional elabora um plano de cuidados individualizado. Quando necessário, as pacientes são encaminhadas para o Ambulatório Regional de Alto Risco (Agar), unidade da Univali especializada em atendimentos mais complexos.
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As crianças prematuras identificadas pelo programa “Nascer itajaiense” também recebem acompanhamento contínuo. Após a alta do hospital Marieta, são direcionadas ao Serviço de Neonatologia de Alto Risco do Crescem, onde são atendidas por uma equi
pe multi e interdisciplinar, garantindo o desenvolvimento saudável nos primeiros meses de vida.