A Secretaria de Proteção e Cuidado Animal de Navegantes confirmou, nesta quarta-feira, um grave caso de zoofilia contra uma cadela da raça dog alemão. A denúncia, feita à secretária Sorilei Dapper, a Sol, aponta que o agressor — que seria um empresário do município — foi flagrado em imagens violentando o animal. 

As fotos circularam na internet e geraram indignação — nestas imagens, o homem aparece nu, sobre a cachorra, ao lado de um pilar de concreto. Segundo Sol, a polícia suspeita que esse pilar, com uma corda amarrado nele, serviria para prender o animal enquanto as agressões aconteciam. A cadela também ficava o restante do tempo presa a uma corrente, segundo os agentes.

De acordo com Sol, a cachorra, de grande porte, agora chamada Shine, foi resgatada em situação precária com apoio de um dos veterinários da prefeitura, que se emocionou durante o atendimento. O animal está sob cuidados do Departamento de Atenção e Bem-Estar Animal (DABA), mas não poderá ficar nesse espaço, que já está lotado. 

“Aguardamos um lar temporário ou adoção responsável”, comenta Sol, reforçando que é necessária uma área de bom espaço, devido ao tamanho de Shine. “Ela é linda e tem um olhar carismático e esperançoso”, comenta a secretária. 

Sol informou ao DIARINHO que quando a denúncia chegou ao Daba, os veterinários a princípio agiram com incredulidade, mas foram tomados por nojo e revolta quando viram as imagens. “O semblante do doutor Matheus era de triste. Ele não conseguiu chegar ao final do atendimento porque a emoção tomou conta não só dele como de todos nós”, detalha. 

“Todos mudamos de cor na hora; choramos e estávamos incrédulos diante das imagens do ato. A doutora Dafner, que finalizou o atendimento a essa gigante, disse que o episódio demonstra o dia-a-dia que vivemos com essas denúncias de maus tratos, diante das quais é preciso ter força e muito equilíbrio psicológico para enfrentar”, finaliza Sol.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o crime, de maus-tratos a animais. Ativistas da causa animal destacam que a legislação brasileira prevê pena de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição de guarda em casos de abuso sexual contra animais. Denúncias podem ser feitas diretamente à Secretaria ou à Polícia Civil.