O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) divulgou que cerca de um terço das cidades do estado ainda não atingiu o índice nacional de biometria. Em 1º de setembro, o país tinha 87,01% do eleitorado com dados coletados, enquanto em SC a média era de 87,94%. Mesmo assim, 95 dos 295 municípios catarinenses seguem “no vermelho”, com percentual inferior ao nacional.
Na região da Amfri, quatro cidades aparecem abaixo da linha: Bombinhas, com 76,05%; Porto Belo, com 78,05%; Itapema, com 80,73% e Ilhota, com 82,96%. Nesses municípios, milhares de eleitores ainda ...
Na região da Amfri, quatro cidades aparecem abaixo da linha: Bombinhas, com 76,05%; Porto Belo, com 78,05%; Itapema, com 80,73% e Ilhota, com 82,96%. Nesses municípios, milhares de eleitores ainda não passaram pela coleta obrigatória das digitais, foto e assinatura.
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Situação em Santa Catarina
De acordo com o TRE-SC, cinco cidades lideram a lista negativa: Praia Grande (62,54%), Urupema (63,42%), São João do Sul (63,70%), Bom Jardim da Serra (64,29%) e Jacinto Machado (64,62%). Juntas, somam 10 mil eleitores sem biometria.
A Justiça Eleitoral aponta como uma das causas a ausência de cartórios eleitorais nessas localidades, o que obriga a população a se deslocar até cidades vizinhas. Para reduzir esse impacto, o TRE-SC mantém desde 2023 o programa “Justiça Eleitoral em movimento”, que leva atendimento itinerante a 219 municípios sem cartório. Só no primeiro semestre de 2025, foram 2783 atendimentos em 22 cidades.
Cidades mais populosas
Mesmo com índices acima da média, cidades grandes ainda têm contingentes expressivos de eleitores sem biometria. Florianópolis, por exemplo, já chegou a 93,82% do eleitorado biometrado, mas ainda concentra quase 25 mil títulos sem atualização. Criciúma (75,38%), Chapecó (81,07%) e Lages (77,84%) também chamam a atenção pelo volume absoluto de eleitores sem dados coletados.
Faixa etária afetada pela pandemia
O levantamento do TRE-SC mostra ainda que jovens de 19 a 24 anos são os que mais aparecem sem biometria. A explicação é a suspensão do serviço entre 2020 e 2023, durante a pandemia de covid-19. Nesse período, muitos jovens tiraram o primeiro título sem coleta biométrica e agora precisam regularizar a situação presencialmente nos cartórios eleitorais.