O publicitário Antônio Augusto Freitas entrou na Justiça para que sua lancha modelo Focker F400, avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão, volte a ficar prontinha para uso. Ele acusa a Marina Itajaí de ter danificado o barco durante o içamento feito para um recall da fábrica.
Cliente da Marina Itajaí há dois anos, Antônio afirma pagar R$ 4,4 mil por mês para que a marina cuide da embarcação. A mensalidade inclui serviços como movimentação, armazenamento e guarda ...
Cliente da Marina Itajaí há dois anos, Antônio afirma pagar R$ 4,4 mil por mês para que a marina cuide da embarcação. A mensalidade inclui serviços como movimentação, armazenamento e guarda.
Continua depois da publicidade
No ano passado, o barco estava na Marina Itajaí quando passou por um recall rotineiro promovido pela fabricante Focker. No entanto, após o término do processo, um problema surgiu: o barco teria sido danificado durante o içamento feito pela equipe operacional da marina.
Segundo o proprietário, não é a primeira vez que situações envolvendo o manuseio com empilhadeiras causam transtornos no local. Além disso, ele afirma que, mesmo pagando caro por um serviço especializado, precisou executar diversas tarefas que seriam de responsabilidade da marina. “Eles não fizeram a parte deles. Eu tive que correr atrás, resolver coisas por conta própria, tentei todos os tipos de contato e nada foi resolvido”, desabafa.
Com o problema, o barco foi levado ao estaleiro da Focker, onde está sendo consertado o dano supostamente causado pela marina. “A Focker até se dispôs a fazer na marina, mas aí entendeu que tudo que ocorreu e danificou a embarcação se repetiria”, disse.
O publicitário relata que retirou sua lancha da Marina Itajaí por considerar o atendimento inadequado, incluindo comportamento agressivo por parte da equipe operacional. Ele afirma que o valor pago é incompatível com o serviço.
Antônio alega que houve diversas tentativas de negociação para evitar ações judiciais, incluindo proposta de permuta pelos prejuízos alegados, estimados em cerca de R$ 100 mil por danos morais e lucros cessantes. Ainda assim, segundo ele, a empresa manteve uma postura intransigente e chegou a emitir uma notificação de cobrança durante as tratativas, o que foi considerado desrespeitoso por ele.
Dano não foi causado pela marina, diz nota
Em nota, a Marina Itajaí informou que a empresa segue à disposição para oferecer suporte dentro de suas competências e conforme os serviços sob sua responsabilidade. “No caso relatado por Antônio Augusto Freitas, para que houvesse uma avaliação técnica precisa que confirmasse a causa do problema na embarcação, a marina realizou uma inspeção técnica minuciosa feita por um engenheiro especializado. A análise esclareceu que o dano no casco não foi causado durante as operações da marina ou é reflexo de algum serviço prestado. “Dessa forma, a Marina Itajaí não pode se responsabilizar por danos decorrentes de serviços executados por terceiros ou fora de sua esfera de atuação”, disse a empresa. A marina ainda reforçou que está à disposição do cliente para uma solução adequada o mais breve possível.