O profissional lembra que emagrecer exige disciplina e paciência (Fotos: Divulgação)
A vitória do itajaiense Diogo Muniz, que precisou perder 5 kg em um único dia para disputar e vencer uma luta de muay thai em Palhoça, gerou curiosidade entre os leitores do DIARINHO. Muitos chegaram a pedir dicas de como conseguir a mesma façanha.
Segundo o nutricionista esportivo Olegário João da Silva Filho, de Balneário Camboriú, o processo usado pelos lutadores não tem nada a ver com emagrecimento e pode ser perigoso para quem ...
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Segundo o nutricionista esportivo Olegário João da Silva Filho, de Balneário Camboriú, o processo usado pelos lutadores não tem nada a ver com emagrecimento e pode ser perigoso para quem tenta imitar em casa. “Essa perda rápida é, basicamente, desidratar o corpo para bater a categoria de peso. Envolve dieta restrita em carboidratos, consumo fracionado de água, controle de sal e técnicas como sauna e banheira de gelo”, explica.
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O método é comum no mundo das lutas, mas não é seguro. “O risco imediato, se alguém tenta isso sem preparo, é uma desidratação severa que, em casos extremos, pode causar até danos neurológicos. Quem busca emagrecimento deve passar longe desse tipo de estratégia”, alerta.
De acordo com o nutricionista, atletas só recorrem a essa prática em último caso, quando não conseguem atingir o peso com antecedência. “Os riscos vão de cãibras e fraqueza muscular até convulsões, porque há desequilíbrio de eletrólitos como sódio e potássio. Além disso, aumenta a chance de lesões”, adverte.
Olegário reforça que perder peso não significa emagrecer. “Emagrecimento é um processo crônico que ocorre quando usamos nossas reservas energéticas em forma de gordura. Não existe fórmula mágica, não é da noite para o dia. Toda oscilação rápida de peso é água, não gordura. Vou te dar um exemplo: quando alguém cuida da alimentação a semana inteira e no fim de semana exagera numa pizza: ganha dois quilos em um dia. Aquilo não é gordura acumulada, é retenção de água”.
Pro público em geral, o recado é claro: não há comparação possível entre a rotina de um atleta de alto rendimento e a de uma pessoa comum. “Um lutador treina mais de 20 horas por semana, tem acompanhamento de médicos, nutricionistas e preparadores. É como comparar dirigir seu carro para ir pra casa com um piloto de corrida em uma pista. Os dois estão dirigindo um carro, mas são realidades diferentes”, diz. Segundo ele, a única forma de diferenciar se o peso perdido é de água ou gordura é por meio de avaliação feita por profissional. E, para evitar riscos, o ideal é que o planejamento de peso seja feito a longo prazo.
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