VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

BC soma alta de quase 50% no valor dos imóveis em três anos

Cidade se mantém como o metro quadrado mais caro do Brasil desde 2022

Desempenho consolida a construção civil como referência na economia (Foto: João Batista)
Desempenho consolida a construção civil como referência na economia (Foto: João Batista)

Balneário Camboriú lidera desde março de 2022 o ranking nacional de valorização imobiliária pelo índice FipeZap, que mede os preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades. Os levantamentos consolidam a referência de BC com o metro quadrado mais valorizado do Brasil e os diferenciais da cidade pra manter a posição.

Na avaliação de junho, Balneário aparece com preço médio em R$ 14.828, seguida de perto pela vizinha Itapema (R$ 14.547). O resultado de BC é quase 50% maior que o de março de 2022, quando o valor estava em R$ 9888. Em 2025, a cidade acumula alta de 6,66% na valorização dos imóveis, o dobro da média nacional da pesquisa.

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O presidente do Sindicato da Construção Civil de Balneário Camboriú, Carlos Haacke, analisa que a liderança da cidade no ranking é resultado de um modelo consolidado de trabalho e desenvolvimento, pautado na excelência dos empreendimentos e na força da construção civil local.

“Nossos imóveis são reconhecidos internacionalmente pelo alto padrão de qualidade — do projeto ao acabamento. A arquitetura contemporânea, aliada à engenharia de ponta e à incorporação de tecnologias avançadas, faz de Balneário Camboriú referência, o que atrai, inclusive, comitivas de engenheiros e empresários de países vizinhos para visitas técnicas em nossas obras”, comenta.

Além disso, Haacke cita a localização estratégica de BC, no eixo dos grandes negócios do Sul do país, com fácil acesso a portos, aeroportos e centros industriais. A cidade ainda ganha foco e atratividade devido às belezas naturais, rede gastronômica diversificada, comércio dinâmico e equipamentos turísticos únicos no Brasil.

O presidente e cofundador da FG Empreendimentos, Jean Graciola, reforça que BC reúne uma combinação rara de atributos que a mantém na liderança do mercado imobiliário brasileiro. “A cidade alia qualidade de vida, segurança, belezas naturais e infraestrutura urbana avançada. Soma-se a isso um ecossistema de inovação e empreendedorismo que impulsiona o setor da construção civil com projetos cada vez mais sofisticados e sustentáveis”, diz.

Embora a valorização imobiliária seja fruto do investimento das empresas que escolhem Balneário para seus projetos, Jean entende que o resultado está aliado a uma gestão pública eficiente e um mercado maduro, com olhar para o futuro. “Para nós, que fazemos parte dessa trajetória, é motivo de orgulho contribuir para que Balneário Camboriú seja referência nacional e internacional em urbanismo vertical de alto padrão”, explica.

Carlos Haacke vê dois pilares determinantes para a posição de referência do município, que une os setores público e privado. O primeiro é a qualidade da infraestrutura urbana, com investimentos contínuos em saúde, educação, mobilidade, segurança e lazer. “Balneário Camboriú é uma cidade pronta para viver”, frisa.

O segundo pilar trata da solidez do setor construtivo, que dá condições para investimentos seguros. “Contamos com incorporadoras sérias, comprometidas com prazos, entregas e padrões rigorosos de qualidade, o que inspira confiança no investidor e mantém o mercado em constante valorização”, completa o presidente do Sinduscon.

Perspectivas em meio aos desafios

Na análise de representantes do setor, as perspectivas para a construção civil em Balneário Camboriú seguem positivas. “Ainda que o Brasil enfrente um cenário político-econômico bastante complexo, é importante ressaltar que nosso setor sempre demonstrou grande capacidade de adaptação, planejamento e resposta rápida aos desafios”, considera Carlos Haacke.

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O setor é indutor de empregos, investimentos e valorização urbana e, em BC, conta com a força de grandes empresas, o que mantém a construção civil como um dos motores da economia local. “A cidade consolidou-se como um dos principais polos de desenvolvimento imobiliário do Brasil, com um mercado maduro, demanda aquecida e investidores atentos ao potencial de valorização”, analisa Jean Graciola.

A escassez de terrenos, especialmente nas áreas centrais, é uma realidade, mas para os construtores isso não indica desaceleração. “Balneário Camboriú vive um momento de maturidade construtiva, em que o crescimento se dá pela excelência dos projetos, pela valorização dos empreendimentos e pelo respeito ao tecido urbano existente, com uma cadeia produtiva sólida, inovadora e comprometida com o uso racional do solo”, explica Haacke.

Para Jean, da FG, o cenário, longe de ser um freio, tem estimulado o setor a buscar soluções mais criativas e sustentáveis. “Temos um landbank [estoque de terrenos] que nos assegura 35 anos de construções futuras, somando-se a isso, a verticalização, a requalificação de espaços urbanos e o desenvolvimento de regiões mostram que ainda há muito espaço para crescer, desde que com planejamento responsável”, informa.

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O diretor-executivo da ABC Embralot, Thiago Cabral, considera que o crescimento de BC favorece o entorno, permitindo que os investidores driblem as limitações físicas. “A tendência é que, nos próximos anos, uma nova centralidade se consolide por aqui, o que já estamos vendo se formar. Balneário Camboriú tem sido um motor para cidades como Itapema, Itajaí, Porto Belo, Navegantes e Penha se desenvolverem também”, diz.

A falta de mão-de-obra qualificada é uma preocupação em BC, refletindo um cenário regional e nacional de escassez. Diante do problema, o sindicato e construtoras têm atuado com ações em parceria com o Sistema S e as prefeituras, ofertando cursos gratuitos, com incentivo financeiro e empresas-madrinhas pra contratação dos formandos, além da realização de feirões de empregos.

Novas tecnologias e projetos sofisticados são diferenciais

Os empreendimentos construídos em BC têm diferenciais que impressionam pelo uso de novas tecnologias e pela sofisticação dos projetos. Carlos Haacke informa que hoje é comum os prédios terem sistemas de automação residencial de última geração e que há uma preocupação crescente com eficiência energética e sustentabilidade.

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Entre as medidas está o uso de fachadas ventiladas, vidros de alto desempenho térmico e acústico, reaproveitamento de água e elevadores com consumo inteligente. A inovação também está na engenharia. “Muitos prédios contam com estruturas de fundação e contenção complexas, desenvolvidas especialmente para a geografia costeira, e com o uso de formas e escoramentos industrializados, que aumentam a precisão e reduzem o desperdício de materiais”, exemplifica.

Novas soluções já incorporam recursos de inteligência artificial, abrindo caminho para o setor alcançar um novo patamar de automatização e eficiência. A ferramenta está presente em etapas de gestão, planejamento e construção. Em BC, se destaca a ampliação do BIM (Building Information Modeling), que permite modelar digitalmente as etapas do projeto, garantindo mais precisão, eficiência e controle da obra.

“Embora o BIM não seja, em si, uma ferramenta de inteligência artificial, ele abre espaço para a integração com soluções baseadas em IA, como simulações preditivas, detecção de conflitos e otimização de recursos. Ou seja, é a base para um processo ainda mais automatizado e inteligente”, ressalta Haacke.

Para os moradores, a IA também está presente, como em portarias com reconhecimento facial, fechaduras biométricas e sistema de acesso por aplicativo. Os recursos estão em imóveis que ganham cada vez mais sofisticação, com áreas de lazer que parecem resorts, apartamentos amplos, revestimentos de alto padrão, isolamento acústico e vagas com carregadores para veículos elétricos.






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