Previsão é que reforma seja concluída em agosto de 2028 (Foto: Amanda Moser)
Após três anos de portas fechadas, o Museu Nacional do Mar já tem data estipulada para reabertura. O prédio histórico e icônico de São Francisco do Sul receberá restauração orçada em mais de R$ 10 milhões. O prazo de conclusão pode levar cerca de três anos.
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De acordo com a Fundação Catarinense de Cultura, a empresa responsável pela reforma e ampliação do museu será a Projete Engenharia e Construção Ltda., de Joinville. O contrato de licitação é de R ...
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De acordo com a Fundação Catarinense de Cultura, a empresa responsável pela reforma e ampliação do museu será a Projete Engenharia e Construção Ltda., de Joinville. O contrato de licitação é de R$ 10.055.000 e a obra deve ser entregue em 36 meses, ou seja, em agosto de 2028.
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A ordem de serviço aconteceu foi assinada pelo governador em exercício, o desembargador Francisco de Oliveira Neto, na última segunda-feira. A cerimônia no Terminal Turístico Naval, a poucos metros do Museu do Mar, contou com a presença do prefeito Godofredo Gomes Moreira Filho (MDB), do vice Sérgio Murilo de Carvalho Oliveira (Podemos), representantes do setor cultural e moradores.
A restauração deve começar ainda este ano e será dividida em três fases. A empresa joinvilense será responsável por restaurar o telhado e os prédios históricos que compõem o museu, além de ampliar o Anexo das Canoas.
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Símbolo de São Chico
O conjunto arquitetônico que forma o Museu Nacional do Mar começou a ser erguido no início do século 20 para abrigar os galpões da extinta Cia Hoepcke, mas foi em 1993 que o espaço foi aberto ao público como museu.
O local abriga embarcações tradicionais de diversas regiões do Brasil e seus registros da cultura marítima estão entre os mais ricos do país. O museu é composto por 18 salas temáticas, com mais de 90 embarcações em tamanho real e 150 peças de modelismo e artesanato naval.
A estrutura é um dos símbolos do centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Por conta da sua idade, as instalações apresentavam problemas estruturais e precisaram fechar as portas para visitação em 2022.
Impacto na comunidade
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Para a historiadora e diretora do Museu Nacional do Mar entre 2012 e 2015, Andréa de Oliveira, o local tem grande significado aos francisquenses, representa um ponto turístico e guarda um expressivo patrimônio naval. “O Museu Nacional do Mar é uma constelação de significados”, avalia.
Andréa lamenta o período que o museu ficou fechado e comemora a restauração. “Foi um descaso muito grande do governo do estado e ainda bem que, nesse momento, foi assinada a ordem e que logo inicie a reforma. O que a gente mais deseja é que o museu esteja com as portas abertas”, concluiu.
O secretário municipal de Turismo, Rangel Alexandre Friolin, também comemorou o anúncio das obras. Ele compartilhou que a secretaria está tentando, junto ao Iphan, fazer uma exposição sobre o museu.
A ideia é que a exposição aconteça a partir de novembro no Terminal Turístico Naval e conte com peças originais do museu. A proposta ainda está em discussão, mas Rangel está otimista. “[A exposição] é uma forma de auxiliar na manutenção da história do museu, enquanto ele estiver em reforma, além de apoiar o desenvolvimento do turismo e manter a cultura viva do museu”.
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Original e réplica
Acervo tem uma réplica do barco usado por Amyr Klink na travessia do Atlântico (Foto: Jackson Bergamo)
Uma das salas mais procuradas e conhecidas do Museu Nacional do Mar é o espaço dedicado ao navegador Amyr Klink. O local já abrigou a famosa embarcação I.A.T., usada por Amyr na travessia a remo pelo Atlântico Sul em 1984. Klink foi a primeira pessoa a fazer essa viagem, que durou 100 dias e percorreu cerca de sete mil quilômetros.
O barco original foi retirado do Museu por Amyr em 2015. A arquiteta do Iphan, Maria Regina Weissheimer, explicou que a medida foi tomada pelo navegador após o Museu começar a enfrentar uma crise na gestão.
Como a embarcação icônica era um dos grandes atrativos do local, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional contratou uma réplica, feita pelo mesmo construtor do I.A.T. nos anos 80. Maria Regina explicou que a réplica foi feita a partir do barco original, deixado por Amyr à disposição do projeto no estaleiro do construtor naval Jackson Bergamo, em São Paulo. A réplica foi incorporada ao acervo do Museu Nacional do Mar.
O trabalho artesanal levou quase quatro anos, de dezembro de 2012 a setembro de 2016. Apesar do original I.A.T. voltar ao acervo pessoal de Klink e não ter previsão de retorno a São Francisco do Sul, o Museu Nacional do Mar ainda guarda a canoa Max, usada pelo navegador durante a infância em Paraty, no Rio de Janeiro.
Amanda Moser; jornalista no DIARINHO, formada pela Univali. Produz conteúdo para as redes sociais e portal on-line com foco na editoria de geral e variedades.
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