Além de liderar o ranking do metro quadrado mais caro do país, cidades da região também figuram em lista com os endereços mais valorizados com base no preço médio de anúncio de imóveis. Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí aparecem no ranking com cinco ruas entre as 20 mais caras do Brasil.

O levantamento foi feito pelo grupo OLX, a partir dos anúncios na plataforma online entre junho de 2024 e maio de 2025. O ranking é liderado pela rua Juquiá, no bairro Pinheiros, área nobre de São Paulo (SP), onde o preço médio do metro quadrado é de R$ 77.021. 

Balneário Camboriú aparece em quarto lugar, com a rua 4900, no centro, figurando com valor de R$ 51.141, o endereço catarinense mais caro no ranking. A via fica na Barra Sul, entre a rua 4800 e a avenida Atlântica, e é endereço do Ibiza Towers, residencial de três torres com apartamentos acima de R$ 10 milhões. 

Itapema vem em seguida, na nona posição nacional com a rua 313, na Meia Praia. A cidade ainda entrou no ranking com outros dois endereços, as ruas 241 (16º lugar) e 129 E1 (19º lugar). 

Em Itajaí, o endereço mais caro é a avenida José Medeiros Vieira, a beira mar na Praia Brava, com o metro quadrado avaliado em R$ 45.194. O preço colocou a rua na 11ª posição do ranking e a terceira mais cara de Santa Catarina. 

Ranking das ruas mais caras do país:

1. São Paulo (SP): rua Juquiá, Pinheiros – R$ 77.021

2. São Paulo (SP): rua Galeno de Revoredo, Itaim Bibi – R$ 55.118

3. São Paulo (SP): rua Guadalupe, Jardim Paulista – R$ 52.098

4. Balneário Camboriú (SC): rua 4900, centro – R$ 51.141

5. São Paulo (SP): rua Esdras Pacheco Ferreira, Moema – R$ 49.213

6. São Paulo (SP): rua Jacarezinho, Pinheiros – R$ 48.258

7. Rio de Janeiro (RJ): avenida Delfim Moreira, Leblon – R$ 46.653

8. São Paulo (SP): rua Frederic Chopin, Pinheiros – R$ 45.969

9. Itapema (SC): rua 313, Meia Praia – R$ 45.433

10. São Paulo (SP): rua Seridó, Pinheiros – R$ 45.361

11. Itajaí (SC): avenida José Medeiros Vieira, Praia Brava – R$ 45.194

12. Rio de Janeiro (RJ): avenida Francisco Bhering, Ipanema – R$ 45.000

13. São Paulo (SP): avenida do Líbano, Moema – R$ 43.485

14. São Paulo (SP): rua Michel Milan, Itaim Bibi – R$ 42.489

15. São Paulo (SP): rua Iramaia, Pinheiros – R$ 41.671

16. Itapema (SC): rua 241, Meia Praia – R$ 41.640

17. Barueri (SP): alameda Holanda, Alphaville – R$ 41.162

18. Rio de Janeiro (RJ): avenida Vieira Souto, Ipanema – R$ 39.929

19. Itapema (SC): rua 129 E1, centro – R$ 39.813

20. São Paulo (SP): rua Sarmento, Moema – R$ 39.286

Itapema registra alta de 114% no metro quadrado em cinco anos

Com três ruas entre as mais caras no ranking, Itapema também tem sido destaque na valorização imobiliária. Conforme o relatório FipeZap, a cidade teve o maior crescimento percentual no preço do metro quadrado entre os principais mercados imobiliários do país, à frente da vizinha Balneário Camboriú, que segue com o metro quadrado mais caro do Brasil.

A valorização em Itapema somou 114% nos últimos cinco anos, com o preço do metro quadrado passando de R$ 6547, em 2020, para R$ 14.026, em abril de 2025. No último balanço da FipeZap, o preço já chegou a R$ 14.301, em maio, numa alta de 1,96% de um mês para outro. No acumulado do ano, a alta alcançou 5,95%, superando o ritmo de crescimento de Balneário Camboriú, que foi de 5,73%.

Especialistas apontam que a valorização na cidade reflete a combinação entre localização privilegiada, expansão da infraestrutura urbana e consolidação de um modelo de negócios focado no mercado de alto padrão. Por conta disso, a cidade tem atraído grandes investimentos em projetos imobiliários, como o Edify One, com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões.

O empreendimento, um dos mais luxuosos da região, é conhecido pela parceria com grandes especialistas na área e executivos de peso como o pai do jogador Neymar, Neymar da Silva Santos. O prédio em construção na Meia Praia tem apartamentos com preço inicial de R$ 13 milhões, podendo atingir R$ 49 milhões. 

Para o sócio do Edify One, Itapema vive um momento singular no setor imobiliário. “Poucos destinos hoje reúnem tantas variáveis favoráveis quanto Itapema: infraestrutura pública e privada em franca expansão, pressão crescente sobre a oferta de terrenos qualificados frente-mar, turismo com alta capacidade de consumo e uma demanda sofisticada em plena consolidação”, comenta.