O mercado ilegal de apostas no Brasil pode ser maior do que o regulamentado. É o que aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR).
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Segundo a pesquisa do Instituto Locomotiva, realizada entre abril e maio com 2 mil pessoas que fizeram apostas esportivas em cassinos on-line neste ano, estima-se ...
Segundo a pesquisa do Instituto Locomotiva, realizada entre abril e maio com 2 mil pessoas que fizeram apostas esportivas em cassinos on-line neste ano, estima-se que as chamadas "bets" piratas – aquelas que não atendem aos critérios do Ministério da Fazenda – movimentam entre R$ 26 bilhões e R$ 40 bilhões ao ano. Já a receita das empresas regulamentadas é calculada em R$38 bilhões. Juntos, os dois mercados podem alcançar R$78 bilhões anuais.
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Com essa movimentação sem fiscalização, o Brasil deixa de arrecadar até R$10,8 bilhões em impostos.
A maioria dos apostadores, segundo o estudo, é formada por jovens de 18 a 29 anos (69%) e com renda familiar de até dois salários mínimos (63%). Para o esporte, esse mercado clandestino representa um risco direto, por estimular a manipulação de resultados.
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Um exemplo disso foi o caso do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O episódio teve início a partir do alerta de uma casa de apostas, que identificou um volume incomum de apostas envolvendo um cartão amarelo recebido pelo jogador em uma partida contra o Santos, em 2023.
Em abril deste ano, Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal. A investigação incluiu a apreensão de celulares, onde foram encontradas conversas entre o atleta, seu irmão e outros suspeitos. As mensagens sugerem que o jogador recebeu o cartão sabendo que a informação seria usada em apostas.