Santa Catarina encerrou 2023 com a menor taxa de homicídios do Brasil. Foram nove mortes para cada 100 mil habitantes, conforme o Atlas da Violência 2025 divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O índice coloca o estado como o mais seguro do país, sendo o único com taxa inferior a 10 homicídios por 100 mil habitantes.
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Na segunda colocação aparece São Paulo, com 11,2 homicídios por 100 mil habitantes. A diferença é significativa, principalmente em comparação ao estado mais violento do Brasil: o Amapá, que registrou ...
Na segunda colocação aparece São Paulo, com 11,2 homicídios por 100 mil habitantes. A diferença é significativa, principalmente em comparação ao estado mais violento do Brasil: o Amapá, que registrou 57,4 homicídios por 100 mil pessoas — mais de seis vezes o índice catarinense.
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Um ponto importante do levantamento é que ele também considera as chamadas “mortes ocultas”. São aquelas mortes violentas que por falta de informações acabam sendo registradas como “causa indeterminada”. Isso significa que, muitas vezes, casos de homicídios não entram na conta oficial, dando a impressão de que a violência é menor do que realmente é.
Santa Catarina avançou significativamente nesse ponto. Entre 2022 e 2023, o estado teve redução de 71,4% nas mortes ocultas. Hoje, quase todos os casos de mortes violentas são devidamente investigados e classificados, o que garante maior precisão e transparência nos dados.
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Em contraste, outros estados ainda enfrentam altos índices de subnotificação. Em São Paulo, por exemplo, 2277 homicídios deixaram de ser registrados oficialmente em 2023. Com isso, a taxa real paulista foi de 11,2 mortes por 100 mil habitantes, embora o número oficial fosse de 6,4.
A média nacional de homicídios em 2023 foi de 21,2 por 100 mil habitantes — mais do que o dobro do índice catarinense.
O estudo também mostra a evolução positiva de Santa Catarina ao longo da última década. Em 2013, a taxa era de 11,9 homicídios. Em 2023 foram nove, o que evidencia queda de 26,7%.
Enquanto isso, estados como o Amapá apresentaram crescimento da violência. Em 10 anos, a taxa de homicídios por lá aumentou 88,2%, evidenciando as desigualdades regionais em relação à segurança pública.