Comerciantes e moradores da avenida Sete de Setembro, no centro de Itajaí, ficaram revoltados com um caminhão de transporte de embarcações. O caminhão levava uma lancha, na última sexta-feira, e arrebentou a fiação da rua, deixando a região sem luz no final da tarde. A Codetran informou que o motorista não tinha autorização para o transporte.
Continua depois da publicidade
O apagão prejudicou principalmente restaurantes, bares e pizzarias que estavam abrindo, por volta das 17h. Os estabelecimentos ficaram às escuras, sem internet e sem telefone. A polícia ...
O apagão prejudicou principalmente restaurantes, bares e pizzarias que estavam abrindo, por volta das 17h. Os estabelecimentos ficaram às escuras, sem internet e sem telefone. A polícia e os agentes de trânsito foram chamados pra barrar o motorista, evitando que ele seguisse arrastando mais fios pelo caminho.
Continua depois da publicidade
A dona da Pizza Prime, Gabriele Danelon Garcia, denuncia que esse tipo de problema tem sido comum. Segundo informou, neste ano foram duas vezes e, no ano passado, pelo menos quatro vezes. Ela criticou a falta de planejamento da empresa de transporte neste tipo de serviço numa avenida cheia de fios.
“É lamentável que isso aconteça. Não dá mais pra gente tolerar uma coisa dessa. Eu e mais um monte de gente ficamos sem luz, sem telefone, sem internet, sem nada, graças ao cara que resolveu transportar uma lancha numa rua que não deveria. Não sei se é falta de informação, mas isso tem que parar e a gente tem que responsabilizar a empresa”, relatou.
Continua depois da publicidade
A Celesc foi chamada pra fazer reparos de emergência e restabelecer a energia, que voltou após duas horas. No mesmo dia, no final da manhã, a região central de Itajaí já tinha sofrido um apagão que afetou cerca de cinco mil endereços no centro e bairro Fazenda por mais de uma hora.
Empresa precisa de autorização
Sobre a ocorrência, a Codetran informou que a transportadora não tinha autorização para fazer o transporte e que o motorista foi multado. O chefe da Codetran, Leandro Ferreira, explica que, para toda carga com excesso de altura, largura e peso, a empresa tem que pedir autorização mediante pagamento de taxa na prefeitura.
Caso seja necessário, dependendo do tipo de carga, a empresa também deve contratar profissional para o isolamento dos fios e escolta do transporte. “Isso tudo é informado às transportadoras. Quando [eles] não o fazem, são abordados e notificados com retenção do veículo até regularização”, comentou.
O transporte da lancha era feito pela Rodocarro Plataforma e Guincho, empresa de Joinville. O DIARINHO fez contato pelo WhatsApp e e-mail informados no site da transportadora, mas não teve retorno da empresa.