O ranking é o primeiro nacional sobre igualdade de gênero nas grandes e médias cidades brasileiras, acima de 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, Itajaí foi avaliada como a pior cidade do estado pra ser mulher, aparecendo na 56ª posição nacional. Em seguida, aparecem Lages (168ª), Chapecó (195ª), Criciúma (199ª) e Jaraguá do Sul (203ª).
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O estudo avaliou 14 cidades catarinenses, entre 319 analisadas no Brasil. Balneário Camboriú, na 315ª posição nacional, e Brusque (310ª), foram as melhores ranqueadas no estado, mas, ainda assim, com desempenho “nível baixo”. As melhores cidades do país – Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP) e Araras (SP) – tiveram apenas desempenho “médio”.
No geral, 84% das cidades ficaram com classificação “muito baixa”, revelando a necessidade de avanços pra garantir a qualidade de vida das mulheres nas grandes cidades brasileiras. A pontuação foi baseada numa série de indicadores, como taxa de feminicídio, desigualdade salarial por sexo, taxa de mulheres na câmara de vereadores e total de jovens mulheres que não estudam e nem trabalham.
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Desafios para garantia de direitos
Para a vereador Hilda Deola (PDT), procuradora-adjunta da Procuradoria Especial da Mulher, da Câmara de Vereadores de Itajaí, o ranking reforça uma realidade que as mulheres sentem na pele.
“Ser mulher em Itajaí ainda é um desafio. Ocupamos menos espaços de poder, enfrentamos desigualdade no mercado de trabalho e lidamos com altos índices de violência. Dos 17 vereadores da cidade, apenas três são mulheres – uma representação que não reflete a força e a participação feminina na sociedade”, comentou.
Ela ressaltou que os dados do estudo não podem ser ignorados. “Itajaí precisa avançar em políticas públicas concretas para garantir mais segurança, autonomia e direitos para as mulheres”, defende. Segundo a parlamentar, esses avanços passam por fortalecer a rede de proteção contra a violência e pela própria ampliação do sistema de educação com vagas para mães-solo.
Precisamos criar programas de empregabilidade com recorte de gênero e garantir mais representatividade nos espaços de decisão. Nós, mulheres, seguimos resistindo e lutando. A mudança acontece com políticas efetivas e compromisso real com a equidade de gênero. E essa luta é diária”, completou.
Piores cidades para ser mulher em SC:
Itajaí (56ª)
Lages (168ª)
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Chapecó (195ª)
Criciúma (199ª)
Jaraguá do Sul (203ª)
Florianópolis (225ª)
Joinville (232ª)
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Palhoça (247ª)
Camboriú (252ª)
São José (292ª)
Tubarão (294ª)
Blumenau (308ª)
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Brusque (310ª)
Balneário Camboriú (315ª)
Confira o estudo completo: https://www.piorescidadesparasermulher.com.br