O Barra vai solicitar a impugnação da partida contra o Caravaggio, em que teve um gol marcado no último lance, anulado após o apito final da partida. O resultado de 0 a 0 acabou eliminando o Pescador do Campeonato Catarinense. O clube quer que o placar final seja de 1 a 0, com o gol de Natan sendo validado, conforme sinalizou o árbitro Bráulio da Silva Machado nas imagens divulgadas. Com isso, o Barra se classificaria e o Joinville ficaria de fora das quartas de final.
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O clube informou nesta segunda-feira que entraria com ação no Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD) para contestar o resultado do jogo de sábado. Já o departamento de ...
O clube informou nesta segunda-feira que entraria com ação no Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD) para contestar o resultado do jogo de sábado. Já o departamento de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol alega que a anulação do gol está dentro da regra do futebol, mas que o árbitro cometeu um “erro gestual”.
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Segundo a diretora jurídica do Barra, Keila Pereira, o clube será representado no tribunal pelo advogado Michel Asseff e a equipe de seu escritório, além dos advogados Eduardo Luz e Luciano Ramos de Fávere. Em nota publicada no domingo, o clube destacou que a anulação do gol após o apito final “não condiz com as regras do jogo” e questionou a credibilidade da competição e da decisão da arbitragem.
Explicação
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O chefe do departamento de arbitragem da Federação, Kléber Lúcio Gil, concedeu entrevista coletiva virtual nesta segunda-feira para explicar o lance que gerou grande repercussão em todo o estado. Ele se baseia na regra 5 do jogo para justificar a mudança de decisão do árbitro.
“A regra diz que existe uma condicionante, após terminar a partida e sair do campo do jogo, o árbitro não poderá mais rever a sua decisão. Nesse caso, a equipe de arbitragem e os jogadores permaneceram dentro do campo do jogo. As reclamações dos jogadores refletem a decisão tomada dentro de campo”, explica.
Sobre anular o gol após ter validado o lance, Gil informou que a anulação partiu de um dos assistentes, que foi atendido por Bráulio, o que também estaria previsto na regra.
“Os assistentes têm essa função de auxiliar o árbitro e prestar informações daquilo que ele não conseguiu ver ou não viu de forma precisa. Então, quanto ao árbitro tomar uma decisão é claro na regra que ele pode mudar a decisão baseado na informação que ele recebeu dos seus assistentes”, argumenta.
Erro gestual
Na visão do chefe da arbitragem da Federação, o árbitro cometeu um erro gestual, mas que não interfere na validação ou não do gol, cabendo a ele tomar a decisão final mesmo após ter sinalizado que o gol foi legal.
“Neste caso nós tivemos um erro de procedimento gestual. As equipes sabiam, mas quem estava por fora, torcedores e imprensa, não tinha conhecimento do que estava acontecendo. Este é o grande problema desta decisão tomada. Mesmo que ele não cumpra os procedimentos normais, o mais importante é que a regra seja preservada. Nesse caso, com relação a essa partida, todas as decisões foram tomadas na regra do jogo”, finaliza.
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