Uma paciente com consulta marcada no Centro de Práticas Integrativas e Complementares (Cepics), de Itajaí, teve o agendamento cancelado nesta segunda-feira, sem qualquer aviso prévio. A paciente só foi informada de que não seria atendida ao chegar ao centro, na rua Uruguai, no horário combinado.
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“Simplesmente cancelaram a consulta sem avisar. Disseram que não sabem quando o serviço será retomado. Os funcionários falaram que o município quer mudar a sede e reduzir todos os serviços ...
“Simplesmente cancelaram a consulta sem avisar. Disseram que não sabem quando o serviço será retomado. Os funcionários falaram que o município quer mudar a sede e reduzir todos os serviços. Os pacientes estão bem tristes e os funcionários estão perdidos, sem conseguir explicar o que vai acontecer”, desabafou a paciente.
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A situação preocupa outros usuários do serviço. “Na ozonioterapia, por exemplo, há muitos pacientes que dependem do tratamento na rede pública e não terão como continuar. Disseram que houve corte de funcionários, mas nem os atendentes sabem explicar direito o que ocorreu”, completou.
Segundo a prefeitura, houve redução na equipe na antiga gestão, incluindo o médico responsável pelas prescrições, cujo contrato foi encerrado na última sexta-feira. Ele era o único habilitado para prescrever o tratamento. “Como houve essa diminuição nos últimos meses, restou apenas a sala de aplicação. A direção do Cepics só soube do encerramento do contrato com o médico nesta segunda-feira. A consulta de uma nova paciente foi cancelada porque não deu tempo de avisá-la antes de chegar ao serviço”, informou a administração municipal.
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Ainda de acordo com a prefeitura, estão suspensas apenas as consultas iniciais que exigem prescrição médica. As aplicações de ozônio seguem normalmente para os pacientes já cadastrados e em tratamento com prescrição vigente. “Para novos atendimentos será preciso aguardar a contratação de outro médico”, concluiu a nota.
Os funcionários que trabalhavam no Cepics fazem parte do Instituto Maria Schmitt de Desenvolvimento de Ensino, Assistência Social e Saúde do Cidadão (Imas), que mantém contrato emergencial com a prefeitura de Itajaí.
Desde janeiro de 2024, os contratos com o Imas vinham sendo renovados mensalmente, o que, conforme parecer do Ministério Público, deveria ser substituído por uma licitação e a convocação de concursados.
Contrato retomado
Ao assumir a pasta neste ano, a médica Mylene Lavado rompeu contrato com a Imas e fez um chamamento com dispensa de licitação para contratação de nova equipe para atender o município. No entanto, o Imas entrou com um mandado de segurança pedindo a anulação da licitação, que teve parecer favorável da Justiça ao instituto.
A liminar garante que o Imas prossiga com seus serviços. A secretaria não vai recorrer da decisão. A prefeitura não informou se a equipe da ozonioterapia será ampliada e quando um médico voltar a atender no local.