Os ônibus do transporte coletivo de Itajaí iniciaram a semana em horário de sábado, com frota reduzida e risco de paralisação do serviço. O motivo seria uma defasagem no repasse do subsídio da prefeitura pra concessionária Transpiedade, o que teria atrasado o pagamento de salários e do vale-alimentação dos funcionários. Ainda nesta segunda-feira, uma reunião emergencial vai tratar do assunto na Câmara de Vereadores.
Durante a manhã desta segunda-feira, a Transpiedade fez uma reunião com os funcionários para explicar a situação. De acordo com o secretário-executivo do Sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região ...
Durante a manhã desta segunda-feira, a Transpiedade fez uma reunião com os funcionários para explicar a situação. De acordo com o secretário-executivo do Sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região (Sitraroit), Carlos César Pereira, os trabalhadores e sindicato resolveram aguardar até terça-feira, quando está prevista uma assembleia pra decidir sobre uma possível paralisação, caso os pagamentos não sejam acertados nesta segunda.
Ele informou que a empresa pagou a metade dos salários na sexta-feira passada. Ainda está pendente a outra metade dos salários e o pagamento do vale-refeição, esperada para esta segunda-feira. A prefeitura e a Transpiedade ainda não se manifestaram oficialmente sobre a situação. Conforme o sindicato, a empresa alega defasagem no contrato e diz que está trabalhando com prejuízo, enquanto a prefeitura nega estar devendo.
Para evitar a greve do transporte coletivo de Itajaí, a Câmara de Vereadores convocou uma reunião de emergência para as 15h, no gabinete da presidência. Foram convidados representantes da prefeitura, da mesa diretora do Legislativo, da empresa e do sindicato dos motoristas.
Segundo o sindicato, a empresa alega que a prefeitura está devendo mais de R$ 800 mil de reequilíbrio do contrato. A revisão de valores do subsídio está em projeto de lei enviado para a Câmara de Vereadores, em maio deste ano, prevendo passar o valor de R$ 4 milhões para R$ 10,5 milhões. Para a concessionária, o valor correto seria de R$ 12 milhões.
Em meio ao problema, os passageiros foram pegos de surpresa ao usar o serviço nestas segunda-feira. Com menos ônibus circulando, os moradores esperando mais que o normal nos pontos, sem ter informações do motivo do atraso. Muitos desistiram de esperar e apelaram para o transporte por aplicativo. A situação ainda era desconhecida dos passageiros por volta do meio-dia. Uma moradora do bairro Cidade Nova, que esperava o ônibus na Vila Operária, estranhou o atraso da linha. Sem condições de esperar, ela desistiu do ônibus e voltou pra casa de Uber.